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Projeções apontam para redução na área de trigo no RS

Cadeia produtiva do trigo teve espaço especial para debater os anseios da produção do cereal


Pela primeira vez na história da Expodireto Cotrijal, a cadeia produtiva do trigo teve um espaço especial para debater os anseios da produção do cereal.    

Nesta quinta-feira (12/3), lideranças do setor, pesquisadores, entidades e estudantes, participaram do “Encontro prospecções para consolidar a viabilidade da cadeia do trigo”, com destaque para o debate sobre temas importantes que envolvem o desenvolvimento da cultura, como a qualidade industrial, segregação, comercialização e a próxima safra no sul do Brasil. “No Brasil temos cinco classes de trigo: melhorador, pão, doméstico, brando e trigo biscoito. Essa separação nos proporciona uma melhor liquidez e maior preço, por isso a importância da segregação e da separação”, comentou Sérgio Dotto, chefe-geral da Embrapa Trigo.

Com 3 milhões e 300 mil toneladas de trigo produzidos na safra de 2013, com um consumo interno no Rio Grande do Sul de 1 milhão e 100 toneladas, um anseio é a abertura de novos mercados para a exportação. Sérgio Dotto alerta para os países da África como potenciais compradores do trigo gaúcho. “Temos que aproveitar esses eventos como a Expodireto Cotrijal e apresentar e colocar esse trigo em rodadas de negócios e iniciar assim uma política de comercialização”, explicou.

Ainda indefinida, a próxima safra de trigo no RS pode sofrer uma forte queda na área cultivada. Segundo o assistente técnico da Emater, Luiz Ataídes Jacobsen, a quebra da última safra do cereal poderá influenciar na hora da definição dos projetos visando os investimentos futuros no trigo. “Trabalhamos com uma projeção de até 30% de redução na área de trigo no RS, em comparação com a safra passada. É claro que acreditamos que esse número possa reduzir e acreditamos que nossos produtores possam avaliar melhor a cultura e voltar a investir”, disse. 

PROJETO TRIGO – Ao final do encontro, membros do Sindicato Rural de Passo Fundo apresentaram um projeto que tem como objetivo criar a Associação Trigo Brasil, reunindo cooperativas, indústria e cerealistas. A intenção, segundo João Batista da Silveira, membro da Comissão de Trigo do Sindicato Rural, é que a entidade atue como representante de toda a cadeia, defendendo os interesses tanto dos produtores quanto das indústrias e dos cerealistas. “Queremos uma associação que seja vigilante a todas as políticas de trigo a serem desenvolvidas, de logística, de redução de tributos, de condição de armazenagem, enfim, a tudo o que está faltando”, destacou, explicando que a proposta da criação da entidade será apresentada agora individualmente aos diferentes setores.

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