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Projeto agroflorestal vai trabalhar café na Mata Atlântica

Investimento de banco privado suíço será desenvolvido por startup brasileira


Foto: Pixabay

Cerca de 100 hectares de Mata Atlântica na região de Timburi (SP) serão alvo de um trabalho que vai beneficiar o meio ambiente e pequenos produtores rurais de café. Uma iniciativa vai plantar 100 mil árvores , que fixarão mais de 50 mil toneladas de CO2  nos próximos 20 anos e beneficiarão pelo menos 35 famílias diretamente e mais de 200 de forma indireta.

Os recursos, da ordem de R$ 3 milhões, foram anunciados por um banco privado da Suíça, com foco em iniciativas ambientais pelo planeta. O trabalho começa já neste mês e se estenderá por uma período de 18 meses, executado pela startup brasileira Pretaterra, que atua com sistemas agroflorestais regenerativos.

O projeto ainda contará com a participação de outros agentes locais, como universidades, viveiros, as secretarias de meio ambiente dos municípios de Timburi e Piraju, além da Embrapa Solos. A participação de todos será voluntária, após uma seleção baseada em um conjunto de critérios, como motivação em mudar e aprender novas práticas de agricultura regenerativa, além de perfil empreendedor e de liderança.

Os engenheiros florestais, Valter Ziantoni e Paula Costa, que comandam o projeto, explicam que para viabilizar sistemas agroflorestais em larga escala, mantendo sua biodiversidade e complexidade, é necessário estruturar informações, automatizar projetos e padronizar as operações de campo, harmonizando conhecimento científico e natural, floresta e pessoas, alimentos e produção, trabalho e bem-estar. "As agroflorestas de Timburi nascem com o propósito de criar um celeiro de inovação e cultura agroflorestal no estado, tornando-se referência mundial”, conclui Paula.

A agrofloresta é uma solução transversal e uma ferramenta de transição eficaz para a transformação. “Não se trata apenas de uma mudança para uma agricultura mais regenerativa: estamos abordando e testemunhando o nascimento de uma transformação do sistema produtivo atual. Uma agricultura de base florestal é a resposta mais plausível e simples para a maioria dos desafios que enfrentamos como seres humanos. Já sabemos a solução, agora só temos que agir”, finaliza Ziantoni.
 

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