Projeto da Biotins em destaque na Malásia
Diretor de BioTins-Energia fará duas palestras como convidado especial do Jatropha World Asia 2009
Bundyra recebeu apoio institucional do governo do Estado e vai compartilhar reuniões de empresários daquele país com os secretários Eudoro Pedroza, da Indústria e Comércio; e Roberto Sahium, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; além do presidente do Ruraltins, Sebastião Pelizari Júnior, que integram a comitiva oficial no evento. Os secretários vão participar de visitas programadas a empresas e a uma mega cooperativa que trabalham com cultivo e com a produção de óleo de palma. Também vão divulgar a realização do II Congresso Internacional de Agroenergia e Biocombustíveis que será realizado em Palmas/TO, de 13 a 16 de outubro.
A apresentação começará com uma visão geral do programa de biodiesel no Brasil e do atual panorama do cultivo de pinhão-manso no país. Em seguida, o empresário tocantinense discorrerá sobre o projeto da BioTins-Energia (Saudibras), etapas de plantio, colheita, processamento e custos reais da produção.
A experiência da BioTins-Energia com o cultivo do pinhão chamou a atenção dos organizadores do seminário. Eduardo Bundyra vai expor o projeto comercial da empresa, instalada no Distrito Industrial de Paraíso e cuja capacidade atual de produção é de 8 milhões de litros/ano, utilizando tecnologia modular. Já foram instalados dois novos módulos, que ampliam essa capacidade para 24 milhões de litros anuais. A unidade, porém, pode ser acrescida de até cinco reatores para chegar a 40 milhões de litros/amo de biodiesel.
A principal matéria-prima da indústria será o pinhão-manso, ainda em fase inicial de produção. Até a oferta efetiva para suprir as necessidades, a usina também utiliza materiais alternativos como sebo bovino e óleo de soja e outros disponíveis.
Projeto agrícola
O braço agrícola do projeto é conduzido pela Saudibras e tem como base o fomento à agricultura familiar. Cerca de 600 famílias já estão envolvidas no cultivo do pinhão-manso e novos 400 contratos devem ser assinados para a colheita.
A Saudibras tem cerca de 4 mil hectares plantados com pinhão-manso, dos quais 3 mil hectares na Fazenda Bacaba, no municípios de Caseara/TO, e mais 1 mil hectares cultivados por agricultores familiares e assentados rurais. A expectativa da empresa é colher 3 mil toneladas de sementes no primeiro semestre deste ano. A área em produção chega a 1 mil hectares, devendo aumentar mais 800 hectares até o fim de 2009.
A estimativa é contemplar cerca de 3 mil a 4 mil pequenos produtores. No total, estima Eduardo Bundyra, serão mais de 6 mil pessoas envolvidas no projeto, que podem se transformar em pequenos empresários.
O empresário justifica a opção pelo pinhão pelas vantagens econômicas e botânicas da cultura e a boa adaptação às condições de solo e clima do Tocantins. Outra vantagem é que se trata de cultura permanente, cujo ciclo produtivo começa aos 4 anos após o plantio e vai até os 50 anos. No primeiro ano já há rendimento de 800 quilos por hectare, passando para 2.500 kg/hectare no segundo e para 4.500 kg/hectares a partir do terceiro ano.