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Pronatec do SENAR contribui para permanência no campo

Possibilidade de ganhos com a venda de produtos nobres de peixe anima alunos



Possibilidade de ganhos com a venda de produtos nobres de peixe anima alunos de curso realizado em São Sebastião (DF)

Capacitar as pessoas que vivem no campo para que elas possam ter uma atividade e permanecer nas suas propriedades é uma das premissas que o Pronatec do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) vem conseguindo cumprir desde o seu lançamento, em 2012. Dois anos depois, a entidade ampliou o programa e oferece 68 opções de cursos, o que totalizará, aproximadamente, 76 mil alunos matriculados até o final deste ano.

“O SENAR, através do Pronatec, conseguiu levar capacitação para lugares que antes não chegava. O impacto é muito positivo porque esses jovens da área rural tinham poucas perspectivas. Hoje eles têm um olhar diferente e começam a ver que a propriedade é um lugar para se fazer um projeto de vida, que eles podem atuar junto aos seus pais ou até mesmo sozinhos na atividade”, analisa a coordenadora de campo do Pronatec do SENAR, Lourdes Hennemann.

Os alunos da turma do curso Preparador de Pescado, que acontece no Assentamento Grito da Terra Brasil, em São Sebastião (DF), são testemunhas dessa mudança de vida. Durante as 200 horas de aula, os 30 participantes estão aprendendo a fazer filetagem de peixes e a preparar produtos como bolinho de tilápia, ambos com alto valor agregado na comercialização.

“Já temos oito famílias com tanques no assentamento e queremos que mais pessoas trabalhem com piscicultura aqui. Sabemos que a procura por pescados é grande e imagino que poderemos vender os nossos produtos para supermercados e restaurantes. Temos que agradecer o SENAR que está aqui dentro qualificando as famílias e melhorando a vida de todos”, declara a produtora rural Isabel Cristina Costa Silva, que já antecipa o próximo curso do Pronatec no assentamento: derivados de leite.

Para o instrutor do treinamento de pescados, Paulo Donizete, as ações do Pronatec também permitem uma quebra de paradigma no momento em que os moradores de comunidades mais carentes têm acesso a produtos de alta qualidade, como ocorre nos grandes centros. “Eles ficam entusiasmados, pois percebem que com uma criação que cabe em qualquer sítio, é possível produzir um produto igual ao que é encontrado no mercado. Além de consumir, podem vender um alimento nobre e ganhar mais dinheiro com isso”, ressalta Donizete.

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