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Queda dos estoques de passagem do arroz a partir da próxima safra

Nova lavoura será praticamente idêntica à da temporada passada


Informação faz parte do conjunto das análises do 1º Levantamento de Intenção de Plantio da Safra de Grãos 2012/13 projetado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)

Uma safra com números que praticamente repetirão o ciclo 2011/12 e estoques em queda fazem parte do conjunto das análises do 1º Levantamento de Intenção de Plantio da Safra de Grãos 2012/13, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (09). Leia na íntegra a análise direcionada à safra orizícola:

"Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que juntos cultivam quase 50% da área total de arroz, chegando a produzir quase 80% da safra nacional, aguardam a reposição dos mananciais de água, ao tempo em que já iniciam o plantio desta safra 2012/13 que atualmente se encontra em torno de 10 a 20% da área prevista.

Esta reposição dos mananciais está se completando rapidamente, considerando os recentes índices pluviométricos verificados em toda a região Sul e, assim, o produtor terá as condições ideais para a sustentação do plantio, é o que indicam as previsões disponíveis, sobretudo, considerando a possibilidade de um regime de chuvas ditados neste ano, por um ainda discreto fenômeno “El Niño”, que normalmente aponta muita chuva para aqueles dois estados.

Neste primeiro levantamento de intenção de plantio, para a próxima safra nacional de arroz, a estimativa inicial é de que sejam produzidos algo entre 11,5 a 11,7 milhões de toneladas, ou seja, uma produção praticamente igual a do ano passado, numa área um pouco menor, oscilando entre menos 2,9 a 1,4% menor que a área passada.

Com exceção dos estados da Região Centro-Oeste e Minas Gerais, nos quaisainda persiste a redução mais acentuada de áreas, a exemplo do que ocorreu generalizadamente na última safra, quando deixaram de cultivar quase 400 mil hectares, desta vez a maioria dos estados apresentou a intenção de repetir a área anterior, ou seja, no âmbito global, deixando de plantar apenas pouco mais de 50 mil hectares.

Ainda se trata da primeira intenção de plantio manifestada pelos produtores, todavia, isto poderá se concretizar dado que os preços estão razoáveis atualmente, muito embora os custos de produção tenham subido numa diferente proporção para esta cultura, seguidos pelos excelentes preços do milho e da soja, como tradicionalmente acontece, quando os fornecedores de insumos sempre arranjam argumentos plausíveis para apropriar-se da maior parte dos lucros dos produtores.

Oferta e demanda

No período entre 1º de março e 31 de agosto de 2012, segundo dados do MDIC/Secex/AliceWeb, o Brasil havia exportado 995,5 mil toneladas de arroz base casca e importado 519,5 mil toneladas. Esses números nos permitem fazer ajustes nas previsões anteriores, passando as importações para 800,0 mil toneladas, com redução de 100,0 mil toneladas e aumentado as exportações em 200,0 mil toneladas, chegando, portanto, a 1.300,0 mil toneladas. Com o pequeníssimo ajuste na quantidade produzida e considerando que, até o momento, não há indícios que justifique novas mudanças, o estoque de passagem foi reduzido 1.569,0 mil toneladas.

Com respeito aos estoques públicos, ao iniciar as operações de 2012, a Conab contava com o total de 1.558,8 mil toneladas, e até o dia 05/10/2012 já foram vendidas 136,2 mil toneladas, e dadas em troca de arroz beneficiado mais 262,9 mil toneladas, totalizando 399,1 mil toneladas. Considerando que se tem ainda mais nove semanas úteis até o recesso de Natal e Ano Novo, é possível vender mais cerca de 400 mil toneladas, e beneficiar mais 130,0 mil toneladas, resultando no consumo de mais 530,0 mil toneladas.

Com isso serão utilizadas este ano, aproximadamente 930,0 mil toneladas, o que resultaria em um estoque de passagem público da ordem de 630,0 mil toneladas. Para o estoque privado teria cerca de 930,0 mil toneladas, que será confirmado com o levantamento que será feito com data de 28/02/2012.

Como já explicado anteriormente, a estimativa de produção da próxima safra será bem próxima da atual. Nesse caso, mantendo-se o consumo igual ao da presente safra e a exportação em 1.100,0 mil toneladas, será necessária a importação de 900,0 mil toneladas. O volume de estoque de passagem apresentará forte redução (900,2 mil toneladas).
 
 
 

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