Queda forte do dólar e de Chicago afetam B3
Mesmo assim, os preços continuam extremamente lucrativos, com ganhos acima de 60%
Agrolink
- Leonardo Gottems
Foto: Leonardo Gottems
O mercado de milho na B3 de São Paulo teve um dia de tomada de lucros diante das fortes quedas do dólar e de Chicago, que freiam as exportações e possibilitam maior disponibilidade interna, segundo o que informa a TF Agroeconômica. “Com isto, a cotação de março recuou R$ 1,17 no dia para R$ 87,00; a de maio recuou R$ 0,52 no dia para R$ 84,66 e a de julho recuou R$ 0,59 no dia para R$ 77,56”, comenta.
“Apesar dos recuos acima, os preços continuam extremamente lucrativos, com ganhos acima de 60%. E os fundamentos continuam altistas no Brasil, com as cotações já superando a alta anterior de novembro, com a falta de disponibilidade no Brasil (por excesso de vendas no ano) e forte demanda nos mercados internos e externos. Além disso, o Brasil plantou uma área menor e ainda há cinco meses até chegar a Safrinha brasileira”, completa.
Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes. “Por último, ainda temos uma demanda forte (as exportações de frango cresceram 40% e as do próprio milho continuam elevadas) o que leva a crer que os preços permanecerão firmes”, indica.
Em Chicago, os futuros do milho continuaram caindo para o vermelho na terça-feira em meio a uma perspectiva de demanda mais fraca e poucos sinais de novas compras pela China que desencadearam tomada de lucros pelos Fundos. Porém, após o aumento dos prêmios no mercado de barcaças CIF do Golfo dos EUA de junho em diante desde a semana passada, os prêmios FOB do Golfo dos EUA aumentaram 3-9 c/bu na curva até novembro.