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Quem não vacinou rebanho pode ainda escapar da multa no PR

É necessário confessar o atraso em algum posto da Seab, e pedir autorização para comprar o medicamento


A campanha estadual de vacinação contra a febre aftosa terminou nessa segunda-feira (20-11), mas os criadores de bovinos e bubalinos podem escapar da multa de R$ 76,45 por cabeça não vacinada nos próximos dez dias. Para isso, é necessário confessar o atraso em algum posto da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), e pedir autorização para comprar o medicamento. A “segunda chance” não terá prorrogação, informou a Divisão de Defesa Animal da Seab.

A campanha foi iniciada dia 1º, com a meta de vacinar 100% das 9,89 milhões de cabeças de gado do Paraná. O número de animais imunizados ainda é desconhecido. Todos os criadores têm até o dia 30 para apresentar dados completos sobre seu rebanho, inclusive quem está vacinando com atraso.

A partir desta terça-feira, o comércio só pode vender vacina contra a aftosa com autorização da Seab. Essa medida tem o objetivo de estimular o setor a vacinar o gado sempre nas épocas de campanha (maio e novembro), explica o chefe de Defesa Sanitária Animal em exercício, Silmar Bürer.

Sem os cálulos que embasem uma projeção do porcentual de animais vacinados, diz Bürer, os técnicos não podem dizer se a campanha atingiu sua meta. Mas o governo mantém posição otimista. “A vacinação foi mais abrangente que a de maio (97,6%). Mais de 11 milhões de doses de vacina foram expostas pelo comércio. E não tivemos chuvas que prejudicassem a campanha”, argumenta.

Se os 100% não forem atingidos, a Seab pretende enviar fiscais a todas as propriedades suspeitas. Se a proporção da última campanha, em maio – 4,2% não vacinados –, se mantiver, os fiscais terão de percorrer cerca de 9 mil criadouros.

Treze meses depois da confirmação de suspeita de aftosa no território paranaense, criadores ainda enfrentam restrições de 56 países e inclusive dos estados vizinhos.

“A declaração de que o Paraná é área livre de aftosa segue sem efeito”, afirma Gustavo Fanaya, economista do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarne). A Instrução Normativa 61, que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou no Diário Oficial da União no dia 8, declarando que o problema foi controlado, não mudou a posição de estados como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que impedem, por exemplo, a venda de carne paranaense nos supermercados.

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