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Questão indígena é destaque no Fórum Central do Agronegócio

A falta de terras é citada como problema para apenas 1% dos índios brasileiros, que assim como a grande maioria da população do país, cita a saúde como uma das principais preocupações


A falta de terras é citada como problema para apenas 1% dos índios brasileiros, que assim como a grande maioria da população do país, cita a saúde como uma das principais preocupações. Estes e outros dados fazem parte de uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, a pedido da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e foram apresentados pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Rui Prado, em palestra durante o “1º Fórum Brasil Central do Agronegócio”, na sexta-feira (20.09), em Sinop-MT, no painel que discutiu a questão indígena no Estado. 


O debate contou também com a participação de Henrique Klocker de Camargo, da Coordenação Regional do Norte de Mato Grosso da Fundação Nacional do Índio (Funai), de Gabriel de Carvalho Sampaio, do Departamento de Elaboração Normativa do Ministério da Justiça, do presidente da Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Sinop, o advogado Felipe Guerra, e do deputado federal e presidente da Subcomissão de Demarcação de Terras Indígenas da Câmara, Nilson Leitão. 

De acordo com o presidente da Famato, Rui Prado, a pesquisa do Datafolha contradiz afirmações do Governo Federal de que há necessidade de ampliação das Terras Indígenas (TI’s). Mato Grosso possui 67 TI’s, que equivalem a 12,5 milhões de hectares. Outras 25 áreas estão em processo de demarcação.  “Esta pesquisa mostra que os índios, assim como todos os brasileiros, querem condições dignas para viver, como emprego, saúde, moradia de boa qualidade, educação e condições de produzir em suas terras já demarcadas”, afirmou Prado. 

A pesquisa aponta ainda que a Funai é considerada importante, mas 39% dos índios reprovam seu desempenho. “É preciso rever a atuação deste órgão, que muitas vezes não presta a devida assistência aos índios e não se atenta as suas reais necessidades”, destacou Prado. 


Para o deputado federal e presidente da Subcomissão de Demarcação de Terras Indígenas da Câmara, Nilson Leitão, a Funai não tem uma política indigenista moderna que seja minimamente capaz de dar ao índio cuidados essenciais como saúde. “Há indiozinhos morrendo de desnutrição, outros tantos abandonados à própria sorte e não é, definitivamente por falta de área”, pontuou Leitão. 

Confira a íntegra a pesquisa “Perfil dos Índios no Brasil”: http://www.sistemafamato.org.br/portal/arquivos/23092013110006.pdf.

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