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Ração contaminada por OGM é novo desafio para União Europeia

Autoridades sanitárias da União Europeia estão procurando equacionar um problema que pode se transformar em novo escândalo de saúde do bloco


De acordo com o jornal francês Le Monde, as autoridades sanitárias da União Europeia estão procurando equacionar um problema que pode se transformar em novo escândalo de saúde do bloco. O jornal afirma ter tido acesso a documentos confidenciais indicando que organismos geneticamente modificados (OGMs) proibidos foram encontrados em grandes quantidades de ração animal em vários países europeus. Há informações de que mais de um milhão de toneladas de ração podem estar contaminadas. 

Pelas informações do Le Monde, constata-se que o contaminante é, na verdade, uma vitamina – a B2. Ou, mais especificamente, a riboflavina 80% produzida a partir do Bacillussubtilis KCCM-10445, esta sim uma bactéria geneticamente modificada proibida na UE.

Este último fato já levou as autoridades europeias a questionarem os riscos de utilização na nutrição animal da riboflavina assim produzida. Estudos foram efetuados e, há pouco mais de quatro anos, um painel da Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA, na sigla em inglês) publicou “Opinião Científica” sobre a segurança e a eficácia do produto para todas as espécies animais. 

As conclusões principais, então, foram a de que o aditivo produzido a partir da fermentação de cepa geneticamente modificada do bacillussubtilis não apresenta riscos para o meio ambiente ou para a nutrição animal, pois nem a cepa produtora nem o DNA recombinante foram detectados no produto final – qualificado na ocasião como importante fonte de riboflavina para a nutrição animal.

Essas conclusões prevalecem, ou seja, não estavam equivocadas. O grande problema, agora, é que se constatou que o produto está se tornando resistente aos antibióticos e, portanto, representa um risco a médio prazo para a saúde animal e humana. Porta-voz da Comissão Europeia informou que comunicado a respeito está sendo emitido através do Sistema de Alerta Rápido da UE. Há informações, também, de que o aditivo é fabricado na província chinesa deShandong.
 

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