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Rebanho bovinho de Campo Mourão (PR) cai 16% em três anos

Em três anos o rebanho bovino na região de Campo Mourão caiu de 635.949 para 534.353 animais


Em três anos o rebanho bovino na região de Campo Mourão caiu de 635.949 para 534.353 animais. O número representa uma queda de 16% e os dados são da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab) em relação a vacinação da febre aftosa. Já Campo Mourão perdeu nos últimos três anos 25% do seu rebanho.

De acordo com dados da Seab, caiu também o número de propriedades rurais na região que criavam bovinos. Em 2005 eram 9.600 e agora são 9.338. O chefe regional da Seab de Campo Mourão, Erikson Camargo Chandoha, diz que essas quedas são devido a expansão da agricultura, principalmente a cana-de-açúcar e soja, está relacionada ainda aos problemas sanitários enfrentados no Paraná nos últimos. Um outro motivo que influenciou a queda de animais é que muitas pequenas propriedades usavam as matas ciliares como pastos e devido as exigências ambientais essas áreas foram desativadas.

Chandoha entende que deverá haver uma recuperação na pecuária nos próximos anos. “Os preços estão se recuperando. Principalmente na pecuária leiteira que hoje é a atividade mais lucrativa para os produtores rurais”, salienta. Ele cita que uma vaca produzindo 15 litros de leite por dia gera uma renda bruta de R$ 315 no mês. “Tirando o custo que é de aproximadamente R$ 0,40 por litro, agora no inverno, e que soma R$ 180 no mês, sobra R$ 135 por vaca. É uma atividade rentável”, assegura.

Segundo Chandoha, a tendência é que o mercado de leite permaneça em alta. “O produto está garantindo renda e sustentabilidade nas propriedades rurais”, diz e observa que o setor tem que investir em qualidade de leite e na genética dos animais.

Conforme Chandoha, a região de Campo Mourão atingiu 99,29% da meta na vacinação contra a febre aftosa. Ele revela que 13 municípios vacinaram 100% dos animais. Em Campo Mourão a imunização atingiu 99,86%.

No Paraná, a campanha fechou com 98,62% do rebanho imunizado, índice superior ao da última campanha, em novembro de 2006, quando o índice de vacinação foi 98,32%. O resultado da campanha revela que das 9,49 milhões de cabeças existentes no Estado foram vacinadas 9,36 milhões de cabeças.

As regiões de Cornélio Procópio, Apucarana, Jacarezinho, Londrina e Maringá atingiram índice de vacinação de 100% dos rebanhos. Na região de Umuarama, com um rebanho de 1,13 milhão de cabeças - o maior do Estado - 99,98% dos animais foram vacinados. Paranavaí, outra região que se destaca na pecuária com 973.951 cabeças de gado, teve 99,92% dos animais vacinados.

Na região de fronteira, onde houve um esforço concentrado da Secretaria e entidades parceiras, o índice de vacinação atingiu 99,55% do rebanho. Nessa região foi feito um trabalho “de formiguinha” que envolveu cerca de 900 pessoas que visitaram todas as propriedades ao longo da fronteira, desde o município de Barracão na fronteira com a Argentina até Marilena, na fronteira com o Mato Grosso do Sul.

A expectativa agora é a restituição ao Estado a condição de área livre de febre aftosa com vacinação, que deve ocorrer em setembro. Durante a última reunião da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), foi aprovado o conceito de zona de contenção no Paraná.

Chandoha explica que com a zona de contenção, se ocorrer um foco o isolamento será apenas no entorno e o Paraná continua comercializando normalmente. Da mesma forma o Paraná não sofre penalizações por ocorrência de focos de doenças em outro Estado.

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