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Receita acumulada pelas exportações de MT ultrapassam o realizado em 2013

Resultado de maio trouxe ligeira alta


Receita gerada pela pauta estadual esteve durante todo quadrimestre inferior ao realizado em 2013. Resultado de maio trouxe ligeira alta

Pela primeira vez em 2014 a receita acumulada pelas exportações mato-grossenses conseguiu, mesmo que de forma bastante modesta, superar o realizado em igual período do ano passado. Conforme dados liberados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), de janeiro a maio deste ano as vendas externas da pauta local somaram US$ 7,07 bilhões, 0,81% mais que o consolidado em igual intervalo do ano passado, US$ 7,01 bilhões. Nesses cinco meses, o mês de abril foi o melhor em faturamento, movimentação de quase US$ 2 bilhões, e a soja segue como a principal commodity embarcada.


Na comparação mensal, o ritmo dos embarques arrefeceu em relação a abril, já que a receita fechou o mês passado em US$ 1,74 bilhão enquanto que no mês anterior chegou a US$ 1,95 bilhão. Na comparação anual, maio deste ano contra maio do ano passado, o faturamento passou de US$ 1,63 bilhão para US$ 1,74 bilhão, incremento de 6,74%.

A soja, carro-chefe das vendas internacionais realizadas por Mato Grosso, fecha os cinco primeiros meses deste ano responsável por quase 63% da receita total acumulada, ou seja, dos US$ 7,07 bilhões, US$ 4,45 bilhões vieram dos embarques da soja em grão. De janeiro a maior foram movimentadas 8,85 milhões de toneladas, no mesmo intervalo de 2013 as vendas somaram US$ 3,59 bilhões e o volume comercializado 6,77 milhões t. Na comparação entre os dois períodos a expansão é de 23,85%.

A receita total da pauta estadual não avança na mesma proporção do que ocorre com a soja porque Mato Grosso segue contabilizando a ausência que o milho deixou no comércio internacional, especialmente pelo realizado no primeiro quadrimestre do ano passado. De janeiro a maio deste ano as exportações do cereal geraram faturamento de US$ 570,28 milhões e embarque de 2,88 milhões t. O milho participa neste ano de 8,06% de tudo que foi exportado. As cifras atuais representam queda de 54,12% em relação ao acumulado de janeiro a maio de 2013, quando a receita atingiu US$ 1,24 bilhão e as vendas 4,43 milhões de toneladas. Até o primeiro trimestre de 2013, por exemplo, o milho era – de maneira inédita – a commodity mais valorizada e com maior volume físico embarcado. Já em 2014, a soja volta ao posto principal devido ao maior interesse externo e maior produção da oleaginosa no Estado, enquanto com o milho há o arrefecimento da demanda internacional.

Ainda avaliando o desempenho da pauta, os cortes bovinos também encerraram o período com ganhos sobre o realizado em igual momento do ano passado, com receita 32,45% superior a 2013, houve avanço na participação total da pauta que passou de 4,52% para 5,94%. Conforme dados do Mdic, os cortes somaram US$ 420,55 milhões e os embarques, 92,83 mil toneladas. No mesmo acumulado do ano passado foram US$ 317,51 milhões e movimentadas 67,96 mil toneladas.


PARCEIROS – A maior parte da soja negociada nesses cinco primeiros meses teve como destino a China. O país gerou 45% do faturamento da pauta estadual, ou seja, US$ 3,19 bilhões dos US$ 7,07 bilhões contabilizados. Na comparação anual entre os períodos houve expansão nas relações comerciais, pois a China havia negociado US$ 2,88 bilhões de janeiro a maio do ano passado. O segundo maior parceiro são os Países Baixos (Holanda), os negócios recuaram 8,31%. Nesse ano as compras feitas somaram US$ 650,57 milhões – participação atual de 9,19% no total da pauta – contra US$ 709,52 do ano passado. A Indonésia é o país que mais expandiu as relações com Mato Grosso, 111,29% no período, ao passar de US$ 126,31 milhões para US$ 266,88 milhões. Os cinco maiores mercados ao Estado fecham com a Espanha – alta de 59,61% antes ano passado, de US$ 166,35 milhões para US$ 265,52 milhões – e com a Venezuela – que recuou 20,29%, de US$ 245,26 milhões para US$ 195,50 milhões.

RANKING MT – Entre os maiores exportadores de Mato Grosso, Sorriso – conhecido como a capital nacional do agronegócio e por exibir a maior área cultivada com soja no mundo, mais de 600 mil hectares – segue liderando o ‘top 5’ local. Mesmo com perdas de um ano para outro, em decorrência da ausência do milho nas negociações, o Município exibe a maior receita gerada com os embarques, US$ 754,89 milhões contra US$ 790,54 milhões consolidados no ano passado. Dos cinco maiores, apenas Cuiabá – mas chancelando produtos do agronegócio – não tem vocação agropecuária.

Em segundo lugar está Rondonópolis com exportações em US$ 511,84 milhões contra US$ 408,95 milhões, seguido por Nova Mutum – US$ 455,41 milhões ante US$ 288 milhões -, Cuiabá – US$ 399,16 milhões antes US$ 498,85 milhões – e Lucas do Rio Verde – US$ 289,97 milhões ante US$ 308,84 milhões -.

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