Redução na produção impulsiona Chicago
" O USDA cortou sua estimativa de produção de 127,65 milhões para 125,2 milhões de toneladas"
Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira (09.11), refletindo a menor projeção para a safra da oleaginosa nos Estados Unidos. De acordo com o analista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, houve uma redução na produção de soja norte-americana.
“Na quinta-feira, em seu relatório mensal de oferta e demanda, o Departamento de Agricultura do país (USDA) cortou sua estimativa de produção de 127,65 milhões para 125,2 milhões de toneladas. Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperavam uma redução menor, para 127,27 milhões de toneladas”, escreveu o especialista.
Pacheco informou também que, recentemente, o clima excessivamente úmido atrasou a colheita e afetou a produtividade das lavouras em parte do Meio-Oeste dos EUA. Nesse cenário, a previsão de rendimento foi cortada de 3,57 para 3,5 toneladas por hectare, enquanto o mercado esperava 3,56 toneladas por hectare. “O vencimento janeiro subiu 7,75 cents (0,88%) e fechou em US$ 8,8675 por bushel”, diz ele.
“Os ganhos foram limitados pela expectativa de exportações mais fracas dos EUA. De acordo com o USDA, os embarques norte-americanos em 2018/19 devem somar 51,71 milhões de toneladas. Em outubro, a estimativa era de 56,06 milhões de toneladas. Com isso, a projeção de estoques domésticos foi elevada para 26 milhões de toneladas, de 24,09 milhões de toneladas no mês passado”, explica.
Os analistas esperavam um aumento menor, para 24,5 milhões de toneladas. As exportações dos EUA vêm diminuindo desde julho, quando a China impôs uma tarifa retaliatória de 25% sobre o grão norte-americano.
