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Redução no preço do feijão gera dúvida sobre plantio

Abaixo do valor mínimo fixado pelo governo, grão deve ter área menor no RS


Faltando um mês para o começo do plantio da safra de feijão no Rio Grande do Sul e com a queda acumulada de 82,09% no preço no último ano, há divergências sobre a tendência de área. Nesta semana, a saca de 60 quilos ao produtor foi cotada ao valor médio de R$ 66,25, ante R$ 120,64 registrados no mesmo período de 2008. O valor está abaixo do preço mínimo de garantia do governo, de R$ 80,00.

Para o tesoureiro-geral da Fetag, Amauri Miotto, o cenário provocará redução na semeadura. No ciclo 2008/2009, estimulados pelo mercado, gaúchos cultivaram 81.914 hectares na primeira safra e 25.899 hectares na segunda, com crescimentos de 11,52% e 4,60% respectivamente. Mas, segundo Miotto, poucos se beneficiaram dos preços, pois o feijão já estava na mão dos compradores. Com área maior, a produção aumentou 9,3% e passou para 109,77 mil toneladas. 'Com este preço, o produtor não terá coragem de repetir a área.'

Segundo o agrônomo da Emater Dulphe Pinheiro Machado Neto, não há motivos para acreditar que haverá recuo de área. Ele explica que o preço é estável desde maio, após descer de alto patamar, influenciado pelos baixos estoques, menor safra e importações da Argentina. 'A situação está estabilizada, com preços não tão baixos, nem tão altos.'

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