Reflorestamento terá R$ 90 mi no Norte de Minas
Esse valor é superior aos R$ 80 milhões em créditos para o setor que compõem, atualmente, a carteira do Banco do Nordeste
O montante vai ajudar o banco a ultrapassar a meta em financiamentos traçada para este ano, que é de R$ 360 milhões, contra R$ 301 milhões do ano passado. «Se cumprirmos a meta, já teremos alcançado um crescimento de 20%. Mas, com base no que já foi liberado e nos projetos que estão em estudo, até o mês de abril, com certeza vamos ultrapassar o valor estimado, podendo chegar a R$ 500 milhões», ressalta Smith. O banco, de acordo com o presidente, não possui um limite de financiamento com recursos do Fundo Constitucional (FNE), voltado para a área da Sudene, da qual o Norte de Minas e os vales do Jequitinhonha e Mucuri fazem parte. «Isso depende da demanda», afirma.
Demanda que, de acordo com Smith, é crescente. «O Estado está em ritmo acelerado de crescimento. No entanto, operamos a área mais deprimida de Minas Gerais, onde as coisas ocorrem de forma mais lenta», ressalta. Minas é responsável por apenas 4% do total das aplicações do BNB. «É um valor pequeno realmente», avalia Smith. Em primeiro lugar está a Bahia, com 30%. Até abril, já haviam sido contratados R$ 130 milhões. Outros R$ 250 milhões estão em processamento ou em procedimento de consulta. Desse total, o maior volume está voltado para a silvicultura.
De acordo com o presidente do Sindifer, Paulino Cícero, o reflorestamento é feito, basicamente, em áreas pobres e economicamente deprimidas, como o semi-árido mineiro. «Essa atividade consegue aumento do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 35% acima da média do crescimento da taxa do Estado. É um grande instrumento de geração de renda», afirma, ressaltando que recursos financeiros são cruciais para a atividade. O projeto do Sindifer é aumentar em mais 60 mil hectares por ano o plantio só para carvão vegetal. Isso equivaleria a dobrar a área plantada anualmente para ficar independente de mata nativa em dez anos. Para isso, ressalta Cícero, são necessários R$ 200 milhões em investimentos adicionais por ano.