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Região de Limeira/SP antecipa comemorações do Dia do Agricultor

Em comemoração ao Dia do Agricultor, a CATI – Regional de Limeira realizou, essa semana (dia 20), o I Encontro de Agricultores da Região


Em comemoração ao Dia do Agricultor, a CATI – Regional de Limeira realizou, essa semana (dia 20), o I Encontro de Agricultores da Região. O evento, que aconteceu no município de Cordeirópolis e reuniu cerca de 800 pessoas, contou com a presença do secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, o deputado federal Guilherme Campos, dois deputados estaduais Aldo Demarchi e Davi Zaia, prefeitos e outras autoridades, além dos grandes homenageados: os agricultores.

Segundo Carlos Tessari Habermann, diretor da CATI Limeira, o homenageado já teve o nome de camponês, agricultor de subsistência, lavrador, agricultor familiar, pequeno produtor e alguns outros, mas seja como forem chamados são peças fundamentais devido à nova situação da agricultura moderna. O dia do agricultor é uma data digna a ser lembrada já que são essenciais para o desenvolvimento seja no campo ou nas cidades.

Ele explica que o setor precisa se organizar ainda mais. “No nosso, como a citricultura é uma das culturas mais importantes da região, agora temos o greening que exterminou 30% dos pomares. Em virtude disso, a nossa produção a nossa produção vem caindo. Se não nos organizarmos rapidamente e providências não forem tomadas, os pequenos citricultores irão acabar”.
 
A CATI – Regional de Limeira é composta por 14 municípios e, segundo o LUPA – Levantamento Censitário das Unidades de Produção Agrícola, realizado pela CATI em todo o estado de São Paulo, envolve cerca de nove mil propriedades, distribuídas em 435,4 mil hectares. Economicamente as culturas mais importantes são a cana-de-açúcar, pecuária leiteira, citros, milho, que vem tomando o lugar da citricultura e eucalipto.

O Programa de Microbacias Hidrográficas foi implantado em 17 unidades e envolveu 1038 produtores rurais. As tecnologias aplicadas foram cercas em áreas de preservação permanente, terraceamento, aplicação de calcário, instalação de fossas sépticas biodigestoras, plantio de essências nativas, projeto margem verde, entre outros. O FEAP, após a divulgação, abrangeu 833 produtores. O Programa Pró-Trator tem 83 requerimentos de adesão. Já o CATI Leite, implantando há dois meses, tem oito propriedades em cinco municípios.

Carlos César Damiano, prefeito municipal de Cordeirópolis, acredita que é necessário implantar mais políticas públicas direcionadas aos pequenos agricultores, para que ocorram melhorias para o setor agrícola, que é, com certeza, uma das peças mais importantes do país”.

Na oportunidade, o Secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, recebeu algumas solicitações dos representantes dos agricultores da região e sugestões para inclusão de sistemas agroflorestais no Programa Microbacias II. Ele explicou que a secretaria vem estabelecendo prioridades, para melhor atender ao agronegócio paulista. Uma delas é a pesquisa e desenvolvimento, já que São Paulo é o estado mais diversificado, a pesquisa precisa chegar rapidamente ao agricultor. “A parceria entre pesquisa e produtor precisa acontecer da mesma maneira que já acontece com a CATI. Um exemplo é o projeto CATI Leite. A média do Brasil é de 4k/vaca/dia e com esse projeto pode-se dobrar essa receita em pouco tempo e com custo pequeno”.
 
Foi solicitado também ao Secretário, que nos mesmos moldes do Pró-Trator, fosse lançado um Programa de implementos a juros zero. João Sampaio afirmou que já está previsto e com prazos maiores de financiamento. Falou também, da implantação de uma série de programas para beneficiar e dar sustentabilidade ao produtor rural. Com relação á Lei Ambiental, que deverá entrar em vigor no final do ano, o Secretário destacou que “nós, os produtores, queremos produzir e preservar, mas ainda precisamos debater as formas para que essa sustentabilidade aconteça com equilíbrio e responsabilidade”.

Quanto às perspectivas para o agronegócio da região, João Sampaio acredita que tudo começa na gestão da propriedade e depois desenvolver outros mercados para a citricultura e outros produtos da cana-de-açúcar. “Precisamos trabalhar unidos em associações, cooperativas e buscar soluções adequadas à nova realidade de mercado interno, andando com as próprias pernas em um novo caminho”, finaliza.

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