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Região do Vale do Rio Pardo/RS começa a retirar folhas de tabaco

A colheita começa com expectativa de boa produtividade


A colheita de tabaco na região começa com expectativa de boa produtividade. Em alguns municípios da parte baixa do Vale do Rio Pardo fumicultores já fazem a cura das primeiras estufas e comemoram os resultados positivos após as perdas registradas no ciclo 2009/2010 por causa do excesso de chuvas. Com o tempo seco o trabalho nas lavouras se intensifica e mobiliza as famílias produtoras.

Conforme o gerente técnico da Afubra, Iraldo Backes, muitos produtores estão aproveitando as condições climáticas favoráveis para retirar as baixeiras do campo, principalmente no período da tarde. “As primeiras folhas precisam ser colhidas bem secas para garantir a qualidade”, comenta. Ele destaca que o serviço deve aumentar ainda mais nos próximos dias. “O fumo plantado no fim de julho e início de agosto está em ponto de colheita.”

Ainda segundo Backes, a safra 2010/2011 tem grandes perspectivas de quantidade e também de qualidade. De uma maneira geral, explica que a maioria do tabaco colhido até o momento apresenta altos padrões de classificação. Além disso, enfatiza que, analisando o aspecto das lavouras (com folhas bem abertas e plantas bem desenvolvidas), estima-se uma produtividade média de mais de 2 mil quilos por hectare. “Individualmente, existem produtores que atingem índices bem superiores.”

Com a promessa de paióis cheios, a preocupação dos produtores é em relação ao preço ofertado pelo produto. Por enquanto, a Afubra não tem nenhuma confirmação sobre o início das negociações. A projeção é de que as tratativas iniciem somente no mês de dezembro ou início de janeiro de 2011. “As entidades de classe estão completando os levantamentos de custo de produção. Em cima desses números, será definido o pedido a ser feito para as fumageiras”, antecipa Backes.

OTIMISMO

Em Vale do Sol, o fumicultor Milton Kohn, de 48 anos, começou a colheita na semana passada. Na localidade de Faxinal de Dentro, a família já encheu quase a totalidade das oito estufas existentes na propriedade. Uma peculiaridade este ano, explica Kohn, foi o rápido desenvolvimento das plantas, o que atribui ao clima favorável e ao sistema de plantio direto implantado na lavoura.

Depois das perdas registradas no ciclo anterior com o excesso de umidade – que causou o apodrecimento das raízes e atrapalhou o desenvolvimento do tabaco –, agora a esperança se renova. “Estou muito satisfeito, porque o fumo está excelente.” Segundo o fumicultor, muitos vizinhos também iniciaram a colheita esta semana e compartilham do otimismo em relação à atual safra.

Cuidados

O gerente técnico da Afubra, Iraldo Backes, ressalta que o fumicultor deve adotar alguns cuidados durante o processo de cura e armazenagem do tabaco. Inicialmente, o indicado é que se faça um pré-aquecimento do forno antes da primeira estufada. Isso elimina a umidade acumulada após meses sem uso e garante uma melhor cura do produto. Outra dica é sobre a correta forração do paiol para que as folhas armazenadas não sofram nenhuma alteração.

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