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Registro da cultivar Tewi incentiva a kiwicultura no Rio Grande do Sul

A cultivar de kiwi Tewi é originária das Ilhas Canárias, na Espanha


Foto: Pixabay

Pesquisadores do Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa em Fruticultura (Cefruti) do Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (DDPA/Seapdr), localizado em Veranópolis, conseguiram registrar recentemente a cultivar de kiwi Tewi no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Agora, viveiristas podem produzir mudas para comercialização, e os produtores podem adquiri-las para instalar os pomares, legalizando assim toda a cadeia produtiva da cultura na encosta superior da Serra do Nordeste do Rio Grande do Sul.

“Foram sete anos de pesquisa. A demanda veio dos produtores, justamente pelas características agronômicas e adaptativas da nova cultivar”, explica a pesquisadora do Cefruti e doutora em Melhoramento Genético de Plantas, Cláudia Fogaça. E quais são essas características? Conforme Cláudia, são plantas com boa adaptação, vigor e produtividade alta, de 25 a 30 toneladas por hectare. “As primeiras produções ocorrem, geralmente, após o quinto ano de cultivo. Os frutos são de forma arredondada, tamanho médio e capacidade de armazenamento de até quatro meses”. 

A cultivar de kiwi Tewi é originária das Ilhas Canárias, na Espanha, e pertence à espécie Actinidia deliciosa, a mais amplamente cultivada pelo mundo. “Apresenta excelentes propriedades nutricionais, com alto teor de minerais e conteúdo de vitaminas, sendo um dos frutos com maior conteúdo de vitaminas A e C”, esclarece Cláudia.

A pesquisadora conta que a Tewi foi selecionada para o registro no Mapa por apresentar adaptabilidade às condições climáticas da Serra Gaúcha, além do interesse dos produtores pela cultivar, por possuir baixa necessidade de frio hibernal e pela alta produtividade, apresentando elevados índices de brotação e fertilidade.

Registro no Mapa

O Registro Nacional de Cultivares (RNC) do Mapa tem como preceito fundamental que a geração de novas cultivares se traduzam em altas tecnologias transferidas para o agronegócio, indispensáveis ao sucesso deste, pelo aumento da produtividade agrícola e da qualidade dos insumos e dos produtos deles derivados. As cultivares são disponibilizadas ao agricultor com os mais recentes avanços da pesquisa em genética e melhoramento vegetal, transformadas em insumos, sob a forma de material de propagação.

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