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Reino Unido inicia testes com trigo rico em ferro

"Ao produzir farinha branca com alto teor de ferro, podemos alcançar mais pessoas"


O John Innes Center recebeu luz verde do governo do Reino Unido para realizar testes de campo com uma variedade de trigo geneticamente modificada biofortificada para produzir farinha branca com alto teor de ferro. Os testes de campo serão conduzidos ao longo de três anos e serão realizados em condições restritas nas instalações. 

Através da engenharia genética, os pesquisadores conseguiram transportar um gene e depois ativá-lo na seção do endosperma, que é a parte central da semente de trigo. O endosperma é responsável pela produção de farinha branca e geralmente tem um baixo teor de ferro. Atualmente, a farinha branca é fortificada com pó de ferro ou sais de ferro em níveis regulados de 16,5 microgramas por grama. 

Se os testes de campo forem realizados sem problemas, espera-se que esta nova variedade de trigo produza um teor de ferro superior a 20 microgramas por grama. De acordo com Janneke Balk, líder do projeto no John Innes Center, a equipe priorizou o desenvolvimento da farinha branca para incentivar as pessoas a comerem produtos integrais.

"Ao produzir farinha branca com alto teor de ferro, podemos alcançar mais pessoas e ter um impacto maior na saúde pública", explicou Balk. Como é um projeto de propriedade pública, os agricultores podem acessar e usar livremente essa variedade, uma cultura que estará sujeita às regulamentações de organismos geneticamente modificados. 

O trigo é, atualmente, a segunda maior cultura de cereais comercializada no mundo, ficando atrás somente do arroz e na frente do milho. 

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