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Renda do produtor cai quase 5% no Mato Grosso

Os dados são referentes ao Valor Bruto de Produção (VBP) e foram divulgados pelo Mapa


O rendimento da porteira para dentro em Mato Grosso alcançou a marca de R$ 69,8 bilhões no ano passado, valor que registra uma queda de 4,7% na comparação com 2016, quando o montante chegou a R$ 72,2 bilhões. Apesar disso, é o estado com segundo maior renda e ajudou o valor nacional a alcançar um recorde histórico.

Os dados são referentes ao Valor Bruto de Produção (VBP) e foram divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta semana. O rendimento para os agricultores brasileiros foi calculado em R$ 540,2 bilhões no ano passado, o valor mais alto desde 1989, quando o levantamento foi iniciado.

O saldo das lavouras mato-grossenses foi de R$ 55,3 bilhões, uma baixa de apenas 2,8% na comparação com 2016. Os números foram puxados principalmente pela queda nos rendimentos da soja e milho, que chegaram a R$ 28,8 bilhões e R$ 8,8 bilhões no período, respectivamente. Além das duas principais culturas do estado, a banana, cacau, feijão, pimenta-do-reino, tomate e uva também foram menos valorizadas.

No outro lado da balança, os produtores de algodão herbáceo, amendoim, arroz, café, cana-de-açúcar, laranja, mamona e a mandioca viram seus rendimentos aumentar no período. O destaque foi o algodão, que saltou de R$ 11,9 bilhões (2016) para R$ 14,1 bilhões (2017), uma alta de 18,4%.

“Além da importância da safra agrícola na geração de renda, destaca-se o papel que teve a agricultura no baixo índice de inflação obtido em 2017”, diz José Garcia Gasques, coordenador-geral de Estudos e Análises da Secretaria de Política Agrícola do Mapa.

Ele ainda salienta que o IPCA-15, acumulado até dezembro, foi de 2,94%, o mais baixo desde o início da série histórica em 2000, por causa dos produtores agrícolas, que têm grande peso na formação do índice de preços.

Pecuária

No caso da pecuária mato-grossense, o VPB apresenta uma retração de 5,2%, já que os valores caíram de R$ 15,3 bilhões para R$ 14,5 bilhões. A bovinocultura, o forte do estado com o maior rebanho do país, registrou queda de 2,7% entre o ano passado e 2016. Os rendimentos saíram de R$ 10,8 bilhões para R$ 10,5 bilhões.

Os números registrados em 2017, porém, mostraram que os mais prejudicados foram os produtores de ovos. De acordo com o cálculo, o faturamento caiu 25,3%, saindo dos R$ 754,2 milhões em 2016 para R$ 562,7 milhões no ano passado. O segundo pior nesse setor é a avicultura. Os criadores de frango tiveram perdas de 21,7%, já que os valores diminuíram de R$ 2,3 bilhões para R$ 1,8 bilhão.

Nesse balanço, somente os suinocultores tiveram ganhos na pecuária mato-grossense. O VBP dos produtores de suínos cresceu 11,7%, saltando dos R$ 807 milhões em 2016 para R$ 901,5 milhões no ano passado. (Com Assessoria)

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