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Resultados negativos afetam quadrimestre da indústria química

“A preocupação mais recente está relacionada ao anúncio, por parte do governo da Bolívia, de redução da oferta de gás"


Foto: inpEV

Dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) indicam que os resultados negativos de abril afetam 1º quadrimestre de 2022. “Em abril, o índice de produção e o de vendas internas Abiquim-FIPE dos químicos de uso industrial caíram, 3,45% e 9,16%, respectivamente, em relação ao mês anterior, assim como a demanda interna que registrou uma queda de 3,4%. Consequentemente, a capacidade instalada da indústria que havia alcançado a média de 83% em março, voltou ao resultado aquém do esperado, com média de apenas 74% em abril de 2022”, comenta.

“Em relação ao índice de preços Abiquim-Fipe, após três meses de deflações consecutivas, o IGP teve alta nominal de 3,41% em abril. Além do cenário interno conturbado e do ambiente internacional de apreensão por conta da instabilidade geral de preços dos energéticos e das matérias-primas básicas da química, as empresas também apontaram a ocorrência de paradas programadas para manutenção, alguns problemas operacionais, necessidade de equalização de estoques e demanda desaquecida para explicar os recuos quase que generalizados em abril”, completa.

Para potencializar esse quadro, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, diretora de Economia e Estatística da Abiquim, relaciona ainda outros fatores como a desvalorização do Real (3,83% em relação ao dólar em abril). “A preocupação mais recente está relacionada ao anúncio, por parte do governo da Bolívia, de redução da oferta de gás ao Brasil em cerca de 30%, o que pode elevar a demanda nacional por GNL importado”, destaca Ferreira.

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