Retomada para exportar carne bovina: janeiro a maio

Por Luiz Antonio Pinazza 

Engenheiro Agrônomo - agronegócio e sustentabilidade

Colaboração Aline Merladete

Nos primeiros cinco meses de 2023, as exportações da carne bovina brasileira sofreram redução, se tomado de equiparação os mesmos meses de 2022. O recuo na receita passou de US$ 5.085 milhões para U$ 3.847 (-24,3%), enquanto na quantidade, de 909 mil toneladas para 841 mil (-7,5%). A média das cotações por tonelada baixaram de US$ 5.593 por tonelada para US$ 4.574 (-18,2%). As informações são da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

A baixa verificada nas exportações pode ser apontada em razão da retração nas importações pela China, na 1ºposição de comprador de carne bovina do Brasil. As aquisições caíram de US$ 2,922 bilhões para US$ 1,911 bilhões ( -34,6%) e a quantidade de 440 mil toneladas para 381 mil (-13,4%). No 2º lugar, segue os Estados Unidos, com queda nas aquisições deste ano em relação a 2022, de US$ 499 milhões a US$ 413 milhões (17,3%) na receita e de 90,6 mil toneladas a 93,3 mil toneladas (+3%). Esses dois países representaram quase dois terços das quantidades transacionadas. 

Considerando até a 6ºposição, em toneladas, neste ano aparecem: Hong Kong (43,4 mil) em 3º; Egito em 4º (38,6 mil), Chile em 5º (34,5 mil) e Emirados Árabes na 6º (22,8 mil). As posições em 2022 eram de Egito em 3º (66,8 mil), Hong Kong em 4º (41,4 mil); Chile em 5º (34,5 mil) e Emirados Árabes na 6º (21,7 mil).

Quando se toma a avaliação do comércio de carne bovina, enquanto 71 países aumentaram as importações, outros 80 diminuíram. Devido a confirmação do caso atípico de EBB (“vaca louca”) no estado do Pará, a comercialização esteve suspensa por 29 dias, de 23 de fevereiro a 23 de março. A retomada das negociações envolve visitas de esclarecimentos junto aos países consumidores para abrirem o acesso da carne bovina brasileira nos seus mercados.