CI

Reunião mensal da ABMR&A debateu fusões e aquisições no agronegócio

Somente nos primeiros cinco meses de 2010, o número de fusões e aquisições foi de 303, ante 212 no mesmo período em 2009


"O potencial do agronegócio brasileiro é uma realidade e precisamos estar preparados para aproveitar as novas oportunidades", afirmou Maurício Mendes (foto)

Francisco Brandão, diretor da PricewaterhouseCoopers, foi o palestrante da reunião mensal de diretoria e do Comitê de Veículos da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócios, ABMR&A. O encontro foi realizado no dia 12 de junho, na sede da entidade, na capital paulista.

Em sua abordagem sobre M&A (Mergers & Acquisitions) e Recuperação de Empresas no Agronegócio, Brandão afirmou as fusões e aquisições vivem o seu melhor momento no País. "O cenário brasileiro é favorável à consolidação das empresas, motivado pela alta demanda por proteína animal, biocombustível, bioenergia e grãos", justificou.

Somente nos primeiros cinco meses de 2010, o número de fusões e aquisições foi de 303, ante 212 no mesmo período em 2009. Um crescimento de 43%. O setor de alimentos (que inclui o agronegócio) respondeu pela maior quantidade, com 29 transações.

"A crescente demanda mundial por alimentos, a posição do Brasil como grande produtor e nossa capacidade de ampliação da produção de alimentos e bioenergia mostram a expressividade do setor. Dentro desse contexto, as fusões e aquisições no País são uma realidade e o agronegócio deve estar preparado para isso", disse o palestrante.

Recuperação de empresas

Sobre a recuperação de empresas, o executivo da PricewaterhouseCoopers apontou como principal gargalo a deficiência no planejamento das propriedades rurais. "Em muitos casos, as empresas familiares e até mesmo os grandes produtores rurais não possuem uma visão empresarial do negócio, o que os coloca em uma posição frágil em relação às variações bruscas de mercado, como a crise financeira mundial de 2008", ressaltou Brandão.

Em sua opinião, a falta de planejamento tem várias consequências, entre elas, o endividamento, que só pode ser revertido por meio da negociação entre devedor e credores, dentro ou fora do judiciário. "O mais importante, porém, é manter a antecipação e avisar os credores sobre as dificuldades, negociar prazos e surpreendê-los positivamente. A credibilidade ficará mantida e a transparência também", recomendou.

Para Mauricio Mendes, presidente da ABMR&A e da AgraFnp, a apresentação foi muito importante por trazer para debate temas relevantes para momento atual. "O potencial do agronegócio brasileiro é uma realidade precisamos estar preparado para aproveitar as novas oportunidades."

Na ocasião, estiveram presentes: o presidente da ABMR&A - Maurício Mendes, Arnaldo Francisco de Sousa (CAEP Brasil), Catarina Vieira (Dinheiro Rural), Flavio Savadego (CAEP Brasil), Francisco Brandão (PricewaterhouseCoopers), Georley Haddad (Dow Agrosciences), Jaqueline Bierhals (Agra FNP), Jorge Luiz de Campos (SBA), Léo Togashi (F3 propaganda), Marcelo Oréfice (Dinheiro Rural), Marcos Moretti (Agrifirma), Mauricio Palma Nogueira (Bigma Consultoria), Michel Santos (Bunge), Odanil Leite (Syngenta) e Teresa Sanches (Employer). As informações são de assessoria de imprensa.

Mauricio Mendes

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.