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Reunião no Iapar discute manejo de doenças em milho segunda safra

Conhecimento é importante para diminuir perdas


Pesquisadores e especialistas do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa), da Embrapa, universidades, cooperativas e de multinacionais fabricantes de agroquímicos se reúnem nesta quinta-feira (12), em Londrina (PR), para discutir os resultados de estudos sobre manejo de doenças em lavouras de milho segunda safra.

Avaliação
O objetivo do encontro é discutir os resultados obtidos em uma rede de ensaios que avalia os fungicidas para a cultura. O estudo vem sendo conduzido há quatro anos e, com 32 ensaios de campo no período, abrange todas as regiões produtoras do Paraná.

Conhecimento
“Esse conhecimento é importante para diminuir perdas, racionalizar custos de produção e reduzir os danos ambientais por meio do uso racional desses produtos”, explica Adriano Custódio, pesquisador do Iapar que coordena o projeto.

Crescimento
Antes secundária, a segunda safra de milho cresceu em importância e atualmente ocupa a maior área de plantio no Paraná. De acordo com o Departamento de Economia Rural da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), neste ano foram cultivados 2,2 milhões de hectares, que renderam 13,4 milhões de toneladas do grão.

Doenças foliares
O projeto estuda doenças foliares – mancha branca, mancha de cercóspora, helmintosporiose comum e ferrugem polissora. Estima-se que cada 1% de área foliar afetada com essas doenças resulta em 43 kg/ha de redução na produtividade da lavoura, de acordo com Custódio.

Fungicidas
Foram avaliados mais de 40 fungicidas – já disponíveis no mercado e ou com registro especial temporário. “Há opções que oferecem mais eficiência de controle com menor impacto ambiental que poderão ser oferecidas ao setor produtivo nas próximas safras”, adianta Custódio.

Rede
A rede de pesquisa sobre uso de fungicidas em milho segunda safra é integrada pelas cooperativas Copacol, Cocamar e Integrada, a empresa Tagro Tecnologia Agropecuária e as multinacionais Basf, Bayer, DuPont, Ihara, Syngenta e UPL. Os ensaios são conduzidos em Assaí, Cafelândia, Floresta, Londrina, Mandaguari, Santa Tereza do Oeste e Ubiratã.

Expansão
Um dos principais tópicos da reunião será a proposta de expansão do projeto para outros Estados, o que deverá acontecer já no próximo ano. “O projeto foi muito bem aceito pelo setor produtivo. Estamos agora trabalhando a ideia de envolver parceiros da pesquisa pública e privada para instalar 20 ensaios nos biomas Mata Atlântica e Cerrado brasileiro”, explica Custódio.

Nacional 
Em âmbito nacional, a estimativa é de 12,6 milhões de hectares cultivados na segunda safra de milho que está se encerrando, com uma produção de 73,8 milhões de toneladas. Os dados são da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Maiores produtores
Paraná, Mato Grosso, Goiás e Mato Grosso do Sul são os maiores produtores de milho segunda safra. 
 

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