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Rizicultor catarinense espera boa produção e preço

A colheita está próxima de iniciar na região de Massaranduba (SC)


Massaranduba – A colheita da safra do arroz 2011/2012 está próxima de iniciar na região e a expectativa é otimista em relação à produção. O técnico agrícola Alcibaldo Pereira Germann, da Epagri de Guaramirim, informa que pelos contatos mantidos com produtores, o corte deve atrasar em relação aos anos anteriores, contudo, a boa notícia é que não houve ataque de pragas e doenças nos arrozais, o que vislumbra uma grande produtividade e aumento do volume de produção para contrabalançar a safra do ano passado, quando houve redução pelos fatores climáticos adversos.

O presidente da Arinca (Associação dos Rizicultores do Litoral Norte Catarinense), Orlando Giovanella, de Massaranduba, confirma a informação. “Deve dar uma safra cheia, o que é importante para os produtores, que estão também esperançosos de uma melhora no preço da saca para dar um fôlego à crise instalada no setor. As plantações estão bonitas e vários fatores contribuíram para isso. A esperança é de uma boa produtividade e preço”, comentou.

Os dois últimos anos foram os mais difíceis para os produtores, diz Giovanella. A recuperação nos preços de mercado é aguardada pelos rizicultores. A maioria está descapitalizada, com dívidas no banco. A inadimplência gerou dificuldades para o custeio, tanto para o produtor quanto para o avalista. O resultado foi um menor investimento na produção principalmente adubo e uréia, que não deixaram de ser aplicados, mas em menor volume.

CUSTO - Esses produtos aumentaram muito e tem um peso significativo no custo de produção, junto com o óleo diesel e mão-de-obra que está cada vez mais escassa no campo. O presidente da Arinca, entidade que representa os produtores de arroz de 11 municípios do Litoral Norte Catarinense registra que apesar da crise, não houve redução significativa de área plantada para a atual safra. “Não tive conhecimento disso, se houve, foi em áreas pequenas que não devem causar grande impacto no resultado final da colheita”, comentou.

Orlando Giovanella acrescenta informação obtida de que o IRGA (Instituto Riograndense do Arroz) projeta uma redução de 9,5% na safra do arroz gaúcho, que corresponde a 125 mil hectares ou uma produção de 1,5 milhão de sacas a menos do que na safra anterior. Com menos arroz no mercado nacional, poderá refletir em uma melhora no preço da saca, que é o que todos esperam.

PREÇO - Os engenhos da região devem se reunir ainda em janeiro quando o preço inicial da saca do arroz será anunciado. Enquanto isso, os produtores do Litoral Norte apostam em uma grande produtividade em suas lavouras, que estão em fase de formação de cachos e de maturação, dependendo da época e do cultivar utilizado para semeadura.

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