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Rizicultura de alta produtividade pode reduzir custos

A rizicultura de terras altas em Mato Grosso tomou uma direção promissora, segundo a APA/MT



A rizicultura de terras altas em Mato Grosso tomou uma direção promissora, segundo avaliação da Associação dos Produtores de Arroz de Mato Grosso (APA/MT). O plantio de arroz em áreas velhas em rotação com a soja e a necessidade de renovação de pastagens abre um leque de oportunidade para a produção de arroz de boa qualidade para suprir a demanda de mercado em outros estados, ao Norte, Nordeste e parte do Sudeste do país. Apesar das boas perspectivas, o produtor enfrenta um dilema: Como reduzir custo da lavoura e obter rentabilidade do dinheiro investido sem abrir mão da tecnologia e insumos que vem sendo usados para melhorar a fertilidade do solo e o manejo eficiente de pragas, doenças e ervas daninhas? De acordo com a APA/MT, a resposta é simples, mas de ações um pouco mais complexas que aumentem a produtividade. A complexidade está na mudança da consciência do agricultor e nos investimentos em pesquisas, que possibilitam obter altas produtividade e qualidade de grão no arroz de terras altas. A matemática é realista. Um agricultor que investir numa lavoura de arroz para colher 55 sacas por hectares (ha), não pode deixar de incluir gastos variáveis como mão-de-obra e defensivos usados na condução da lavoura. São utilizados em média mais 300 quilos (kg) de adubo base, 80 Kg de adubo para cobertura. Além destes itens, o produtor tem de contabilizar despesas fixas e imobilizadas. Unido tudo há um custo financeiro total de R$ 1,41 mil/ha. Se o produtor colher 55 sacas/ha terá um custo de R$ 25,76 para produzir cada saca de 60 Kg. No entanto, quem colher 40 sacas terá um custo de R$ 35,42 e quem colher uma média de 35 sacas/ha vai fechar o custo de produção em R$ 40,48 por saca de 60 Kg. Os custos totais continuarão altos para uma produtividade pequena. Para o produtor que optar por produtividade a situação é menos drástica. Se o investimento no uso de tecnologia desde a data do plantio, semente de qualidade, variedade mais produtiva, bons tratos culturais e num bom manejo da fertilidade do solo, resultará numa produtividade de 75 sacas/ha, podendo obter um custo médio de produção para cada saca de R$ 1,73 mil/ha sendo que o custo por saca cairia para R$ 23,07. A pesquisa e o desenvolvimento da cultura de arroz de terras altas já dão ao agricultor a possibilidade de produzir até 85 sacas por hectare. A diferença está apenas em aumentar e melhorar a adubação e no condicionamento do solo, já que o uso de tratamento de semente e fungicidas acaba sendo igual para quem investe para colher 55 sacas/ha. O custo financeiro total de uma lavoura para produzir 85 sacas fica em R$ 1,82 mil/ha dando ao produtor um custo por saco de R$ 21,49. No entanto o aumento do investimento direto do agricultor para o custeio seria de 140 Kg de adubação na base e 40 Kg na cobertura. Safra 2005/06 - O Brasil deve registrar um recorde histórico na safra agrícola 05/06, caso as condições climáticas sejam favoráveis. A previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de que o país tenha uma produção de 124,4 milhões de toneladas (t) de grãos - um acréscimo de 66,6 milhões/t, 115,2%, em comparação com a temporada 1990/91. A área plantada, estimada em 46,8 milhões de hectares (ha), apresenta uma variação de 9 milhões/ha, 23,8%, em relação a 1990/91. Devido aos baixos preços no mercado, o arroz sofreu uma queda na área plantada, saindo dos 3,92 milhões/ha da safra passada para 3,13 milhões/ha na atual, ou 20% menor. Esse resultado refletirá na produção que deve diminuir em 1,7 milhão/t, o equivalente a 13%. Mato Grosso é o estado onde deverá haver maior perda, podendo chegar a 57,7% (de 2,04 milhões de toneladas para 864 mil toneladas).

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