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RO: safra de café foi reduzida pelo clima

Condições climáticas impactaram o desenvolvimento da cultura e redução foi de 7,4%


Foto: Pixabay

As condições climáticas mostraram-se desfavoráveis ao desenvolvimento da cultura durante a maior parte do ciclo produtivo. Mesmo na estação seca, em junho, julho e agosto (ainda em 2020, no início do ciclo), quando geralmente ocorrem precipitações que contribuem para as primeiras floradas, o que se observou foram precipitações praticamente nulas, umidade relativa do ar baixa e altas temperaturas, causando o abortamento das floradas em muitas lavouras.

Outro fator importante, verificado em algumas regiões produtoras, foi a irrigação insuficiente para suprir a demanda de evapotranspiração da cultura no período. A cultura, apesar de receber suplementação nutricional por intermédio de adubações parceladas durante as irrigações (fertirrigação), não foram suficientes para garantir o potencial genético dos clones implantados, ocasionando abortamento de parte das flores e chumbinhos, e até mesmo má formação dos frutos, cujo rendimento final ficou comprometido. Já a partir de setembro de 2020 houve uma melhora na formação vegetativa das lavouras, porém insuficiente para a recuperação do potencial produtivo pleno, comprometendo a produtividade.

Em outubro, as chuvas foram mais frequentes, porém ainda em baixos níveis e muito restritas, impactando a formação dos frutos nas rosetas. Em novembro, as chuvas passaram a cair com mais intensidade, favorecendo, em parte, a recuperação da lavoura e a expansão dos frutos. No período de dezembro de 2020 a março de 2021, as chuvas normalizaram, e as condições foram plenamente favoráveis, ideal para as fases de expansão e granação dos frutos, porém os efeitos adversos do clima nos períodos anteriores comprometeram significativamente a recomposição vegetativa das lavouras, prejudicaram a eficiência produtiva da planta, comprometendo a produtividade.

Com a redução das chuvas, em abril de 2021, e a entrada do período seco, a colheita do café foi impulsionada em todo o estado e se estendeu até o final de julho, quando ainda foram feitas as colheitas dos clones mais tardios. Assim, a safra se consolidou com uma produção de 2.263,1 mil sacas de café conilon beneficiado, em uma área de 63,6 mil hectares.

Mesmo com a entrada em produção de novas áreas, que foram renovadas utilizando materiais de alto potencial produtivo, as condições climáticas impactaram o desenvolvimento da cultura, auxiliando nessa redução de 7,4% em comparação ao volume total colhido na temporada passada.

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