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Rodrigues afirma que recuperação da lavoura cacaueira depende da cadeia produtiva


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, transmitiu ontem (05-02) aos cacauicultores o mesmo recado dado aos produtores de milho há algumas semanas. Durante a posse do novo diretor da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Gustavo Moura, o ministro disse que o setor deve usar a organização da cadeia produtiva como forma de ampliar a competitividade. “Nós vamos seguir a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que esse é um governo com a sociedade, não para a sociedade”, ressaltou.

Roberto Rodrigues explicou que o Conselho Nacional do Agronegócio (Consagro) será o mecanismo que o governo federal utilizará para efetivar a organização de todas as cadeias produtivas do agronegócio. “O setor cacaueiro vai se organizar e vamos criar uma câmara setorial na qual todos os programas que impliquem na operacionalidade do plano de recuperação da lavoura cacaueira sejam efetivamente produzidos e implementados”.

O ministro enfatizou que a escolha de Gustavo Moura para a direção da Ceplac foi resultado de uma ampla negociação com todos os setores da cadeia produtiva. É primeira vez que um cacauicultor ocupa o cargo. “Eu não tenho dúvida de que a vinda de um representante do setor privado que passou os últimos 30 anos propondo planos para o governo é uma demonstração de que o governo Lula quer transformar o Brasil num novo modelo de democracia a ser seguido pelo mundo”, afirmou Roberto Rodrigues.

Ele lembrou que os investimentos feitos em pesquisa e extensão rural a partir de 1995 aliado a uma forte parceria entre governo federal, governos estaduais e setor privado, iniciaram um processo de revitalização da cacauicultura brasileira. O setor amargou forte prejuízo com a entrada da vassoura-de-bruxa na Bahia, em 1989, levando a uma redução do número de produtores no país de 26 mil no início dos anos 90 para 12 mil atualmente. “Apesar dessa redução no número de produtores, registramos fantásticos avanços em produtividade por área, que passou de 600 pés para 1.100 pés por hectare”, disse o ministro.

O novo diretor da Ceplac, que assume o posto no lugar de Hilton Duarte, disse que as novas lavouras de cacau, formadas a partir da clonagem e novas concepções de produção, devem ser calcadas no profissionalismo e na competitividade. “A mão-de-obra rural deve ser treinada e preparada para o atual e futuro pacote tecnológico, porque a dinâmica da atividade cacaueira tem que evoluir e ser renovada”. Participaram da solenidade de posse o ministro do Trabalho, Jacques Wagner, o prefeito de Itabuna, Geraldo Simões, parlamentares e lideranças do setor.

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