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Rodrigues faz apelo pela eliminação da aftosa na Amazônia


O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, fez nesta quarta-feira (08-12), em Manaus (AM), um forte apelo aos secretários de Agricultura e diretores das agências de defesa agropecuária da Amazônia pedindo seu envolvimento direto na "guerra" contra a febre aftosa. "O que acontecer aqui, vai bater em todo o Brasil. Se tiver um foco de aftosa na Amazônia, o Brasil fica impedido de abrir novos mercados, aqui e no exterior", disse. Além disso, lembrou, a cadeia da pecuária emprega mais de 8,5 milhões de pessoas no Brasil.

Rodrigues disse, durante a 3ª Reunião do Circuito Pecuário Norte, que a eliminação da febre aftosa dará mais garantias ao consumidor brasileiro. "Se acabarmos com a aftosa, também conseguiremos acabar com a brucelose e a tuberculose. Vamos criar uma consciência sanitária importante com essas ações", afirmou. "Temos que acabar com pretextos e argumentos protecionistas de nossos concorrentes e evitar a imposição de barreiras sanitárias à nossa carne".

Segundo Rodrigues, não basta ter recursos para o combate e o controle da febre aftosa no país. "Os recursos são importantes, mas é preciso mais que isso, é preciso ter vontade política e envolver a sociedade com esse assunto", afirmou. O ministro usou como exemplo de mobilização social o Projeto-Piloto Brasil Livre de Aftosa, lançado em Santarém (PA), em novembro, para sensibilizar a população da região do Baixo e Médio Amazonas para a importância de eliminar a aftosa do território brasileiro. "É preciso mobilizar não apenas os pecuaristas, que são importantes neste processo, mas também os estudantes, professores, universitários, militares, pescadores, agentes de saúde, entre tantos outros segmentos importantes".

O ministro criticou os pecuaristas que não vacinam seus rebanhos. "Existe um ciclo vicioso neste assunto. Alguns pecuaristas não vacinam seu gado porque não podem exportá-lo. Mas não se pode exportá-lo justamente porque não se vacina esse gado", disse. "Não dá para comprar vacinas e enterrá-las, como faz uma minoria de maus pecuaristas. Tem que usar e vacinar. Ou a pecuária brasileira acaba com a febre aftosa ou essa doença vai acabar com a nossa pecuária".

Rodrigues lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviará carta a todos os presidentes da América do Sul convidando-os a entrar nesta "guerra" contra a febre aftosa. "De nada adiantará se nossos vizinhos não fizerem sua parte", disse. "A Amazônia é uma região única. Por isso, temos que ter criatividade para buscar soluções adequadas de eliminação da aftosa da região", afirmou.

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