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RS: Exportações do agro atingiram US$ 4,8 bilhões

Valor comercializado foi o maior da série histórica iniciada em 1997


Foto: Eliza Maliszewski

As exportações do agronegócio do Rio Grande do Sul atingiram US$ 4,8 bilhões no terceiro trimestre de 2021, uma alta de 59,5% em valor em relação ao mesmo período do ano anterior. Em termos nominais, sem considerar a inflação, o valor exportado no período foi o maior de toda a série histórica, iniciada em 1997, superando a marca anterior, registrada no terceiro trimestre de 2013. Em termos absolutos, o incremento nas vendas de julho a setembro foi de US$ 1,8 bilhão.

Entre os setores mais representativos do agronegócio no Estado, o complexo soja registrou vendas de US$ 2,9 bilhões no período, 60% do total comercializado no segmento, uma alta de 105,1% na comparação com igual período de 2020.  A produção recorde da oleaginosa em 2021, em contraste com a estiagem que prejudicou o cultivo no ano passado, é uma das explicações para o desempenho no período. "Uma parcela significativa do crescimento observado é explicada pelo retorno à média dos níveis de produtividade da safra de 2021, somada à variação nos preços médios do produto em dólar, fruto da dinâmica do mercado internacional", explica Leusin Júnior.

De acordo com as informações divulgadas no boletim Indicadores do Agronegócio do RS, além do complexo soja, os setores de carnes (US$ 645,4 milhões; +25,1%), produtos florestais (US$ 461,9 milhões; +101,1%), couros e peleteria (US$ 115,8 milhões; +52,3%) e máquinas agrícolas (US$ 106,7 milhões; +59,4%) apresentaram desempenho positivo no terceiro trimestre, enquanto fumo e seus produtos (US$ 249,4 milhões; -29,9%) e cereais, farinhas e preparações (US$ 112,9 milhões; -27,5%) registraram baixas nas vendas.

No complexo soja, a alta no trimestre é explicada pelas vendas do grão (mais US$ 1,3 bilhão; +112,1%), do farelo (mais US$ 98,4 milhões; +42,9%) e do óleo (mais US$ 85,5 milhões; +393,6%). No setor de carnes, as exportações de carne de frango (mais US$ 86,4 milhões; +38,7%) e carne suína (mais US$ 29,5 milhões; +17,7%) sustentaram o resultado. Nos produtos florestais, o desempenho da celulose (mais US$ 183,6 milhões; +125%) foi o principal responsável pelos números positivos.

Entre as baixas, o arroz puxou a queda nos números do setor de cereais, farinhas e preparações (menos US$ 54,7 milhões; -37,3%), e o fumo não manufaturado (menos US$ 86,8 milhões; -28,1%) foi o responsável pelo desempenho negativo da indústria fumageira. Em relação aos principais destinos das exportações, a China segue na liderança, responsável por 56,7% de tudo que o agronegócio do Rio Grande do Sul vende para outros países. A nação asiática registrou um crescimento absoluto de US$ 1,3 bilhão (+93,5%). A sequência do ranking é composta pela União Europeia (10,2%), Estados Unidos (4,1%), Coreia do Sul (2,3%) e Emirados Árabes Unidos (1,7%). Esses cinco destinos são responsáveis por 75% do total das vendas.

dados são do do boletim Indicadores do Agronegócio do RS, divulgado  pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).

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