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RS: Lideranças querem subsídios para produtos da alimentação animal

Entre as medidas a serem encaminhadas estão a realização de leilões de trigo, com benefício PEP de no mínimo R$80,00 por tonelada


Representantes dos setores produtivos de aves, suínos e leite estiveram reunidos, na tarde dessa quinta-feira (12), com o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócios, Luiz Fernando Mainardi, com o objetivo de definir ações integradas para mitigar os efeitos da estiagem e evitar um problema de desabastecimento de milho no Estado. Entre as medidas a serem encaminhadas estão a realização de leilões de trigo, com benefício PEP de no mínimo R$80,00 por tonelada. “Ante as necessidades de demanda de rações alternativas e aproveitamento do trigo junto às fábricas de rações das indústrias de aves e suínos, solicitamos que esta modalidade de leilão seja ampliada para atendimento ao setor agroindustrial, de aves, de suínos e de ovos”, disse o diretor executivo da Asgav, Eduardo dos Santos.


Também foi solicitada uma aceleração da portaria interministerial em estudo no Ministério da Fazenda para viabilizar leilões de trigo para a Avicultura e Suinocultura. As lideranças propuseram ainda que o Governo Federal faça a recompra dos contratos de exportações de milho para ampliação dos Estoques Governamentais, com leilões do cereal (com benefício PEP de no mínimo R$ 80,00), além de agilizar leilões de milho destinados a região sul para assegurar o abastecimento do produto para a avicultura e suinocultura.

Os pleitos serão encaminhados ainda nesta sexta-feira (13) para o governo do Estado e também para discussão por representantes do setor, durante a reunião da Câmara Setorial do Trigo, que ocorre no dia 18, em Passo Fundo.

O governo do Estado colocou à disposição a Companhia Estadual de Silos e Armazéns, que já tem depositadas 124 mil toneladas trigo, à disposição espaço para estocar até 200 mil toneladas de milho, visando facilitar as operações.

Durante o encontro, o secretário Mainardi destacou o papel essencial do milho nas produções de suínos, aves e leite, especialmente num momento de alta demanda mundial por alimentos, e defendeu a importância da irrigação para a cultura. “É preciso superar esses entraves e buscar saídas para reduzir os custos da irrigação no milho, ferramenta que poderia resultar em aumento significativo da produtividade e do ganho público e privado.”



O secretário falou ainda, que com iniciativas de aumento de produtividade seria possível pensar num plano de ampliação da produção de milho no estado, com vistas a conquistar o crescimento da demanda por alimentos no mundo, atendida em grande parte pela avicultura e suinocultura”. Conforme dados divulgados nesta quarta-feira, pela Emater, a quebra da safra de milho, num comparativo entre o total colhido em 2011, que ultrapassou aos 5,7 milhões de toneladas e a previsão de colheita frente ao cenário de estiagem, que é de 3,3 milhões de toneladas, é de 37,56%. Levando em consideração essa previsão final, em comparação com a previsão de colheita inicial da Emater, que foi de 5,3 milhões de toneladas, a quebra verificada é de 37,56%.

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