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RS: situação das lavouras de milho diverge nas regiões

Enquanto em algumas áreas há perdas significativas, em outras grão vai bem


Foto: Divulgação RTC

A situação das lavouras da 1ª safra de milho é diferente nas lavouras do Rio Grande do Sul, variando conforme a região. Segundo dados coletados pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) na área de atuação de 21 cooperativas parceiras, as lavouras conduzidas sob condições de sequeiro já acumulam perdas médias na produtividade de 55,4% em virtude da estiagem.

Esse número representa um aumento de 26% nos prejuízos em relação ao levantamento realizado no mês de novembro e existem diversas regiões onde as perdas já chegam a 100%.  Devido à escassez de água, o prejuízos também se elevaram nas áreas irrigadas, onde as perdas médias estão próximas a 12%. Em novembro este número estava abaixo de 4%.

Grande parte dessas cooperativas estão na parte norte e noroeste do Estado. Na região a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) calcula perdas entre 30 e 70% no milho. Em Carazinho, o vice-presidente do Sindicato Rural, Paulo Vargas, destaca que o milho já tem perdas consolidadas entre 50 e 80%, com algumas lavouras já registrado até 100% de prejuízo. Inclusive, algumas áreas estão sendo derrubadas para plantio de soja.

A situação também é notada mais ao centro do Estado. Em Mato Leitão (foto), no Vale do Taquari, produtores estimam que a seca já levou 50% da produção. A expectativa era de uma produtividade média de 160 sacas por hectare e hoje a base está em 70 sc/ha. No milho silagem as perdas estão na casa de 30%. Na vizinha Venâncio Aires a seca também impacta. Conforme a Emater/RS são contabilizadas perdas de 5% a 50% nas lavouras.

Por outro lado no centro-sul gaúcho as lavouras vem em boas condições de desenvolvimento e a umidade do solo vem colaborando. Na última semana os volumes ultrapassaram os 100 mm em alguns locais. Há milho em diversos estádios de desenvolvimento, desde a germinação até o embonecamento. Segundo a Emater não são notados prejuízos na região. No entanto não se trata de uma grande produtora do grão. As lavouras têm perfil familiar e de subsistência. (Na foto lavoura em Dom Feliciano).

Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul projeta 5.9 milhões de toneladas do grão no primeiro ciclo, um aumento de mais de 35% em relação a safra passada, com a produtividade passando de 5.476 kg/ha para 7.145 kg/ha. Uma nova estimativa será divulgada no dia 11 de janeiro.

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