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RS: uma produção de melão garantida com a irrigação

“A irrigação salva a plantação”


Foto: Pixabay

O sistema de irrigação na propriedade de Raul de Azeredo Coutinho e Janaina Stein, em Vila Palanque, garante uma lavoura vistosa e de encher os olhos. As ramas verdinhas, cheias de flores e frutos de todos os tamanhos mostra a importância da água para a produção de melão e melancia, ainda mais nessa época de estiagem.

Há 23 anos, Coutinho atua como vendedor ambulante e o casal cultiva frutas e hortaliças para a comercialização dos produtos em feiras ambulantes. Um dos maiores segredos da família é a oferta de itens. “Plantamos de tudo um pouco”, cita o agricultor.

O melão já é uma fruta cultivada há anos na propriedade, mas já faz cinco anos que o casal teve que apostar na irrigação para conseguir manter uma boa produção. “A irrigação salva a plantação. A fruta não está queimando com o sol”, ressalta.

O sistema de gotejamento leva força para as frutas que foram plantadas em meados de setembro. As variedades do melão gaúcho e pampa iniciaram a ficar maduras nas últimas semanas. “Tem bastante frutas de vários tamanhos e flores, então a safra tende a se estender”, projeta o agricultor.

A colheita ocorre duas vezes por dia. “A gente passa de manhã cedinho e no fim do dia já tem maduras de novo. As vezes tem um verdadeiro perfume na lavoura”, cita Coutinho.

Além das variedades de melão, a família plantou melancia e moranga, tudo com gotejamento. “Só assim para conseguir produzir alimento nessa época. Onde não tem água a gente vê certinho a diferença”, conta o agricultor. A produção do melão é para as feiras ambulantes que Coutinho realiza.

Variedades

Segundo o produtor a variedade do melão pampa é mais resitênte. “Ele dura mais tempo. Pode chegar até 12 dias. Então para vender é melhor”, explica.

Além disso, Coutinho planta o melão gaúcho, o cascudo e o neve. “O que difere eles é o sabor. O único mais difícil para comercializar é o de neve que para estar no ponto racha.”

Produção em Venâncio

  • Segundo dados da Emater-RS/Ascar Venâncio Aires cultiva cerca de 5 hectares de melão. “Temos várias variedades que são cultivadas, mas maioria é para consumo da família ou vendas diretas. São cerca de 4 produtores que cultivam com foco comercial”, explica o chefe do escritório local, Vicente Fin.
  • De acordo com Fin, a Capital Nacional do Chimarrão tem o clima e solo favorável para a produção. “O único segredo é irrigar, é uma cultura que precisa ser irrigada. A água é que manda na produção”, reforça o engenheiro agrônomo.
  • “O melão pode ser uma opção de renda e nicho de mercado. É mais uma forma do produtor agregar uma renda”, frisa Fin. O fruto é comercializado na sua maioria em feiras locais e programas institucionais.

Aposta no melão de neve

Ao lado da lavoura de Raul e Janaina, o irmão de Coutinho, Delmar e a esposa Dirce também apostaram em uma outra variedade de melão: o melão de neve. São cerca de 500 pés e a produção está iniciando. Lentamente alguns frutos começam a aparecer. A família espera que o pico de produção deva ser daqui a quatro semanas.

“A gente plantou uns pés ano passado e colhemos bastante. A procura e aceitação foi boa e decidimos plantar mais esse ano”, comenta Dirce. Os cuidados são diferentes das outras variedades de melão. “A gente precisa colher ele quando começa a esbranquiçar, para chegar no cliente antes de estourar.”

Dirce e Delmar plantaram o melão de neve no fim de outubro e também utilizam do gotejamento para ter uma boa produção. “A melancia também só está dando bem pois é irrigada”, explana. As frutas serão comercializadas para vizinhos, amigos, mercados e programas institucionais do município como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).

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