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RS aposta na competitividade da cadeia produtiva do leite

Começou na última sexta-feira, pelo município de Ernestina, a série visitas de aprendizado denominadas Tarde de Campo promovidas pelo Sebrae/RS e parceiros


Da ASN/RS

Ernestina - Crescem os investimentos de grandes indústrias da cadeia leiteira nas regiões Planalto e Norte do Rio Grande do Sul (RS), onde 97% dos produtores estão estabelecidos em pequenas propriedades e se mobilizam para também prosperar através da qualificação do produto e dos negócios.

A próxima importante ação neste sentido começou na sexta-feira (31-07) quando a série visitas de aprendizado denominadas Tarde de Campo iniciada pelo município de Ernestina. Dezessete diferentes propriedades de cidades locais foram selecionadas para receber e realizar demonstrações para mais de dois mil produtores. Eles serão beneficiados pelo Arranjo Produtivo Local (APL) de Leite do Planalto do Rio Grande do Sul.

A iniciativa deste projeto é do programa Juntos para Competir, que é impulsionado pelo Sebrae/RS em parceria com a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O Juntos para Competir, através de seus parceiros, busca organizar e aprimorar as cadeias produtivas do agronegócio no Estado. São contemplados os segmentos da bovinocultura de corte, suinocultura, ovinocaprinocultura, fruticultura, floricultura, vitivinicultura, apicultura e cultura da cana-de-açúcar e seus derivados.

Leite melhor

Conforme o gestor Gabriel Colle, da Regional Sebrae/RS Planalto e Norte, o objetivo do evento Tarde de Campo é levar a cada cidade um grupo de mais de 100 produtores locais para conhecerem uma unidade demonstrativa, selecionada pelo projeto, que vai disseminar informações com foco em pastagem.

Métodos de cultivo, manejo do campo, armazenamento e variedades de pasto existentes serão temas abordados. “A questão da alimentação dos animais influencia diretamente na qualidade, produtividade e custo final do leite. Por isso, essa é uma das principais demandas que procuramos trabalhar”, explica Colle.

Ele também enfatiza que a ação não é voltada apenas para participantes do projeto. Vão compartilhar também a Tarde de Campo, gratuitamente, diversas pessoas envolvidas com a cadeia leiteira nos municípios. “Nossa intenção é disseminar o conhecimento e divulgar o projeto, criado para estimular os negócios do setor e capacitar os pequenos agricultores da região, que é responsável por 65% da produção de leite no Estado”, afirma.

Produção

O APL de Leite do Planalto RS envolve 23 municípios do Conselho Regional de Desenvolvimento da Região da Produção (Corede Produção). O projeto é o primeiro do Sebrae/RS específico para este segmento na localidade e está em andamento desde o início de 2009. Além do apoio do Governo do Estado, através do Corede Produção, prefeituras, escritórios da Emater e secretarias de Agricultura municipais colaboram com o desenvolvimento da iniciativa.

De acordo com Colle, a indústria de laticínios tem bastante força e representatividade entre os municípios abrangidos pela Regional, com quatro grandes empresas estabelecidas em Passo Fundo, Tapejara, Carazinho e Cruz Alta. Ele acrescenta que, segundo estimativas locais, 8,5 mil empreendedores da produção de leite abastecem o mercado.

O gestor acredita que a importância do projeto está em difundir e contribuir para evolução das tecnologias. Também através de cursos técnicos, previstos para serem realizados a partir de setembro, nas áreas de nutrição animal, gerenciamento das propriedades rurais e controle de custos, a iniciativa vai agregar valor e culminar com aumento de qualidade e produtividade.

Outro destaque fica por conta do incentivo, por meio do projeto, para que os produtores participem da Agroleite no município de Castro, no Paraná. A feira é a maior em referência para o segmento e se realiza entre 15 e 17 de agosto.

Projeto

O APL de Leite do Planalto RS beneficia atualmente 320 produtores. Além de ampliar o número de contemplados, suas metas anuais são aumentar a produtividade de litros de leite (litros/vaca/dia) pelos participantes em 5%, reduzir o custo de produção do litro nas propriedades rurais em 3%, diminuir em 5% a contagem bacteriana e implantar, gradativamente, controles gerenciais em todas as propriedades participantes. A finalização deste projeto está prevista para 2011.

APL são aglomerações de empresas localizadas em uma mesma região que apresentam especialização produtiva e mantêm vínculos de articulação, interação, cooperação e aprendizagem entre elas e com outros agentes locais, como governos, associações empresariais e instituições de crédito, ensino e pesquisa.

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