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RS deve economizar R$ 200 milhões ano com retirada de vacina

São milhões de bovinos, aves e suínos que vão evoluir de status junto, com a retirada da vacina


Foto: Marcel Oliveira

Já mostramos como deve ser a retirada da vacinação contra febre aftosa no país até maio de 2021 e os impactos que a indústria de vacinas de saúde animal deve sentir, com impacto de R$ 350 milhões. Por outro lado o fim da vacinação deve representar, só para o Rio Grande do Sul que iniciou o processo este mês, economia de R$ 214 milhões ao ano aos produtores.

O balanço da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural leva em consideração gastos com custos das doses, a logística de distribuição, mão-de-obra e a perda de peso dos animais por reação à vacina. A expectativa também é abrir novos mercados. Hoje o estado é o quinto maior Valor da Produção Pecuária do país e o quarto em volume de receita, com R$ 19,7 bilhões, alcançando, com a atividade pecuária, 33% do VPB.

São 12,4 milhões de bovinos, 802,7 milhões de aves e 9,7 milhões de suínos que vão evoluir de status junto, com a retirada da vacina, abrindo oportunidade para outros tipos de corte. Atualmente o Rio Grande do Sul só exporta carne desossada. “Atualmente o estado detém apena 30% dos mercados possíveis. Temos 70% de oportunidade ociosa. Só na cadeia de suínos vão ser por volta de R$ 600 milhões por ano de oportunidade. Também conseguiremos comercializar bovídeos vivos entre Santa Catarina e Paraná, que representam 70% dos bovinos de alta genética; estímulo à produção de pecuária de corte de raças européias reconhecidas pela qualidade da carne; abertura de exportação de carne e genética para mercados que exigem condição de não vacinação e  possibilidade de mercados imediatos abertos para Japão, Coréia do sul, México, EUA, Chile, Filipinas, China (com osso) e Canadá”, destaca o secretário, Covatti Filho.

Ele ressaltou que também é possível que haja um investimento de R$ 13 bilhões em novas plantas frigoríficas no Estado assim que a retirada da vacina se concretizar.

A secretaria passa, no momento, pelas etapas finais de adequação aos 18 apontamentos levantados pela auditoria realizada pelo Ministério da Agricultura no ano passado, para avaliar as condições do Rio Grande do Sul para a retirada da vacinação. “Já cumprimos 12 desses apontamentos. Agora estamos trabalhando na contratação de 150 auxiliares administrativos para ampliar o quadro de pessoal e liberar os fiscais para a fiscalização. Também está em condução a aquisição de 100 veículos, sendo 72 deles pelo Estado e 28 pelo governo federal”, enumerou o secretário. Uma nova auditoria deve ser realizada em agosto deste ano, para confirmar a retirada da vacinação ou levantar novos pontos de adequação.

Na última etapa de vacinação, antecipada para março, 97,06% do rebanho gaúcho foi imunizado. Caso o Rio Grande do Sul consiga a evolução do status sanitário, esta será a última campanha de vacinação no estado.

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