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RS pioneiro na utilização da análise de redes

O Rio Grande do Sul conta com aproximadamente 350 mil propriedades rurais com animais registrados


O Rio Grande do Sul é pioneiro no país na aplicação de um sistema de análise de redes de movimentação animal. O trabalho vem sendo desenvolvido pelo professor da Universidade da Carolina do Norte, o brasileiro Gustavo Machado. O estudo é realizado utilizando os dados do sistema de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural através de um convênio com o Fundesa. “Com o entendimento da dinâmica da movimentação animal e sua sazonalidade, podemos guiar intervenções inteligentes, reduzindo riscos e o tamanho de eventuais focos”, explicou. O pesquisador apresentou os primeiros resultados da fase 2 do projeto em reunião nesta terça-feira, na Secretaria da Agricultura.

O sistema de análise de redes avalia os pontos de contato entre propriedades, conforme as informações de movimentação a partir das Guias de Trânsito Animal. A ferramenta pode definir quais são as áreas que mais têm contato com outras. No caso os suínos, conforme a coordenadora do programa de Sanidade Suídea, Juliane Webster Galvani, são previstas 600 visitas in loco por semestre e, “aplicando a análise será possível direcionar as vistorias, otimizando o trabalho dos fiscais”, afirma.

Em uma simulação realizada pelo sistema, aplicando os parâmetros para guiar a restrição de movimentação de animais em caso de Peste Suína Africana, por exemplo, é possível reduzir o número de propriedades atingidas para 25. “Sem aplicar a ferramenta, o número explodiria para 3750 mil”, explica Machado.

Para a chefe da Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria, Rosane Collares, o sistema poderá identificar também os produtores que apresentam divergência entre o número de animais comunicado ao serviço veterinário oficial e o que vêm realmente movimentando. “Esses desvios precisam ser vistos com muita atenção e o sistema vai contribuir para que possamos direcionar os trabalhos preventivos”, explica.

Treinamento

Na semana passada um grupo de técnicos da SEapDR e do Mapa participaram de treinamento para o uso da ferramenta. São servidores capacitados para aplicar os cálculos e determinar as propriedades com maior número de contato dependendo da doença e da espécie desejada. 

O Rio Grande do Sul conta com aproximadamente 350 mil propriedades rurais com animais registrados.  

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