CI

RS tem perdas generalizadas por cigarrinha

A estimativa de perdas, no total, chegou a 36,33% nas lavouras gaúchas


Foto: Divulgação

O Rio Grande do Sul é um dos estados que teve impactos com a incidência da cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) nesta safra. O inseto, quando em elevada densidade populacional, causa danos diretos ao cultivo de milho pela sucção da seiva da planta. E ainda danos indiretos pela transmissão dos molicutes e da risca do milho, que causam doenças na planta, como diminuição do desenvolvimento da parte aérea e das raízes das plantas, perfilhamento anormal, número excessivo de espigas por planta. São os chamados enfezamentos.

Em abril e maio deste ano foram realizados monitoramentos nas lavouras e feitas coletas de material sintomático e não-sintomático para o enfezamento, além da avaliação técnica a campo. Foram recolhidas 73 amostras de 43 cultivares em 514 hectares de 67 municípios. A estimativa de perdas, no total, chegou a 36,33%, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR).

O chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR, Ricardo Felicetti, avalia que as observações preliminares apontam que a ocorrência é generalizada no Estado e que há necessidade de aprofundamento para elaboração de políticas fitossanitárias. “Além disso, é preciso reforço às medidas profiláticas, como eliminar plantas de milho espontâneas na entressafra; efetuar a colheita de forma a diminuir restos culturais do milho a campo; efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas; evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área; otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias; objetivar diminuir as perdas de grãos durante a colheita; efetuar o tratamento de sementes; efetuar o controle da cigarrinha-do-milho conforme orientação técnica”, destaca.

No Rio Grande do Sul o primeiro relato de enfezamento do milho ocorreu em 2005/2006 no Norte. No Estado o problema é associado a estiagem. Nesta safra as condições foram semelhantes àquela. “Houve coincidência de semeaduras tardias e plantas espontâneas de milho, associadas à estiagem daquele período”, afirma Felicetti.

O tema foi discutido durante o 10º Webinar Técnico do Pró-Milho/RS, realizado nesta sexta-feira (11), com a presença de cerca de 400 pessoas. Também foram abordadas estratégias de controle. “O combate se dá a partir do uso de estratégias associadas como eliminação de plantas voluntárias, sincronização da época de semeadura, uso de cultivares tolerantes, tratamento de semente e aplicação de inseticidas químicos e biológicos”, concluiu o engenheiro agrônomo da gerência técnica da Emater, Elder Dal Prá. O debate pode ser revisto no link
 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.