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RS traçou estratégia correta na defesa agropecuária, avalia governo gaúcho

Hoje, oito estados estão livres da febre aftosa



Após reconhecer mais oito unidades da federação como livres de febre aftosa com vacinação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) pretende padronizar os serviços de controle sanitário na tentativa de preservar ainda mais a saúde pública. Os estados são Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte e Pará. 

Na soma, são 23 milhões de bovinos e bubalinos a mais no Brasil afastados de uma das principais enfermidades, o que amplia o comércio externo da carne. Antes desses, Acre, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e Distrito Federal já detinham o status.

Para o secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, que participou da 82ª Assembleia Geral da OIE em Paris, na França, a tendência de universalização aumenta a responsabilidade dos governos e criadores de manter e ampliar as conquistas. “Isso confirma o acerto da linha de ação do Estado, especialmente através de programas e projetos de modernização da defesa agropecuária”, ressaltou Fioreze.

Como exemplo, cita a restruturação das 248 inspetorias, concurso público para 130 novos fiscais agropecuários, qualificação de pessoal, programas de desenvolvimento e fomento. “A equivalência ao Sisbi, do governo Federal, através do Susaf é uma das nossas apostas de inspeção e controle de qualidade dos produtos gaúchos, sobretudo os da agricultura familiar”, afirmou o Secretário.

Atualmente, na OIE são 178 países signatários. Uma das prioridades em âmbito global, segundo Fioreze, é a qualificação dos serviços veterinários oficiais e privados.

Em parceria com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Organização Mundial da Saúde (OMS), a entidade vai se aproximar de universidades. Quer qualificar os sistemas ou redes de diagnósticos e análise laboratoriais, dando mais agilidade à confirmação de enfermidades.

Existe necessidade, conforme a OIE, de padronização mínima do ensino ligado à saúde animal e melhor preparar os profissionais públicos e privados. “A avaliação é que de houve avanço considerável no controle e erradicação da febre aftosa no mundo. Foram incluídos vários países andinos, caribenhos e a Argentina, que já estão encaminhando solicitação de status de livres da doença sem vacinação”,  relatou Fioreze.

Na América do Sul, por exemplo, Paraguai encaminhou pedido de reconhecimento de status livre com vacinação. Uruguai continua vacinando o rebanho. “Portanto, a tendência geral é de evolução do status sanitário em toda a América. Os gastos em organização de sistemas de vigilância sanitária eficazes vêm recebendo mais atenção e recursos em comparação com programas de aquisição de vacinas”, comentou Fioreze.

O indicativo de mudança global, na opinião do secretário, sinaliza menos perdas econômicas e favorecimento do comércio internacional. Outro tema de relevância foi o bem estar animal.

“Cada vez mais exigido pelos organismos internacionais de defesa dos animais e dos próprios consumidores. Influenciará no comércio internacional de forma significativa nos próximos anos”, destacou Fioreze.  

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