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Rural Show 2016: Energias baratas e renováveis são apresentadas pela Emater/RS-Ascar

A energia é fator fundamental para a produção agropecuária


A energia é fator fundamental para a produção agropecuária, seja para a utilização de câmaras frias, na irrigação ou em outros equipamentos e ferramentas que fazem parte do cotidiano dos produtores rurais. No entanto, o alto custo da energia elétrica e dos combustíveis derivados do petróleo aumentam os custos de produção e têm impacto na renda das famílias. Como forma de sugerir alternativas baratas e que não causam impactos ambientais, já que são fontes renováveis de energia, a Emater/RS-Ascar traz para a 8ª edição do Rural Show o carneiro hidráulico e as placas fotovoltaicas.  

O engenheiro agrícola da Emater/RS-Ascar, Douglas Corso, explica que o carneiro hidráulico é uma tecnologia antiga, utilizada para levar água até níveis mais altos sem a necessidade de motores elétricos, a gasolina ou diesel. “Este sistema utiliza a diferença de pressão para bombear a água. Ele é montado com conexões de PVC comuns, uma válvula de poço adaptada, um parafuso, uma mola e uma válvula de retenção, materiais que podem ser encontrados em qualquer loja de ferragens e custam cerca de R$ 160, e pode ser construído pelos próprios produtores, já que é de fácil montagem”, revela.

“O projeto que estamos apresentando aqui na feira foi desenvolvido pela empresa responsável pela pesquisa agropecuária e extensão rural de Santa Catarina, a Epagri, e que a Emater leva até os produtores gaúchos. O carneiro hidráulico é uma energia limpa capaz de ser empregada para levar água até piquetes, para a dessedentação animal, reservatórios de irrigação, estufas ou hortas para a produção de vegetais e renovação da água de açudes para a piscicultura, sem gastar quase nada para isso”, enfatiza Corso, que ainda elenca outros benefícios da tecnologia, como a pouca manutenção exigida e a dispensa da necessidade de extensão da rede elétrica até pontos mais distantes.

Uma curiosidade é a origem do nome “carneiro hidráulico”, que é uma referência ao nome de uma arma medieval composta por uma grande tora de madeira com a imagem de um carneiro na extremidade, utilizada para golpear muralhas a fim de derrubá-las durante conflitos, o aríete. O som emitido pelo equipamento utilizado para o transporte de recursos hídricos, quando a mola retorna, foi batizado de “golpe de aríete”, por ser parecido com o da máquina de guerra, e o animal que ornamentava o antigo armamento acabou por dar nome à ferramenta.

Informações sobre as placas fotovoltaicas, que geram energia elétrica a partir da luz solar, também estão disponíveis no local. O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Willian Heintze, enfatiza a possibilidade de diminuição dos custos de produção com a menor utilização da energia da rede elétrica, proporcionada pelo sistema de geração fotovoltaica. “O custo de implantação gira em torno de R$ 12 a R$ 14 mil, com capacidade para gerar 150KW/h por mês aqui no sul do Brasil, o que com a economia que promove se paga em sete ou oito anos. Se o financiamento for feito via Pronaf, que dá três anos de carência, o produtor sempre ficará no positivo, já que o próprio dinheiro que deixaria de gastar com a energia comercial pagará as prestações do financiamento”, diz.

Heintze lembra que a capacidade do sistema a ser instalado deve suprir as reais necessidades da propriedade, e que por isso é importante que os interessados procurem os escritórios da Emater/RS-Ascar em seus municípios para que seja feita uma análise da conta de luz e indicadas as dimensões adequadas.

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