Safra de café se destaca pela sanidade
Qualidade é considerada boa e não foi registrada a presença de broca
A colheita brasileira de café está próxima de atingir a metade do volume previsto para esta safra. Segundo dados do Conselho Nacional do Café (CNC) e também da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG), a qualidade da temporada é considerada boa e se destaca pela sanidade, não tendo registrado a presença de broca (Hypothenemus hampei). O inseto ataca os frutos, diminuindo a produtividade.
As entidades reforçam que esse resultado vem das boas práticas de manejo empregadas pelos cafeicultores da pré até a pós-colheita, tornando a cafeicultura brasileira uma das mais sustentáveis do mundo. “Os produtores seguiram as recomendações e otimizaram ainda mais os trabalhos de ‘panha’, o que evitará a incidência de broca para a próxima safra”, explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro. O dirigente reforça que os cuidados devem seguir, com atenção aos frutos de ‘rastelação’ e a realização da ‘varrição’, evitando a incidência do inseto e mantendo o cenário positivo.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) são esperadas entre 57 milhões e 62 milhões de sacas de 60 kg, alta entre 15,9% e 25,8% em relação à temporada passada. A área destinada a essa produção é de 1.8 mil hectares, com crescimento de 4%. No café arábica a produção estimada entre 43,2 milhões e 45,93 milhões de sacas e no conilon entre 13,95 milhões e 16,04 milhões de sacas. Minas Gerais, o maior produtor nacional, espera de 30 a 32 milhões de sacas e o Espírito Santo, segundo maior, tem projeção de alcançar entre 13 a 15 milhões de sacas.