CI

Safra do milho no RS é a pior desde 1991


Quase metade da lavoura de milho cultivada no Estado está perdida, segundo levantamento divulgado ontem pela Emater referente à primeira quinzena deste mês. A quebra atinge 44,54%. Com isso, a produtividade média estimada não passa de 1.950 quilos por hectare, contra projeção inicial de 3.516 kg/ha. Segundo o agrônomo da Emater/RS, Gianfranco Bratta, a seca só não é maior do que em 1991, quando os agricultores gaúchos colheram 1.700 kg/ha. Em 2004, a média obtida foi de 2.800 kg/ha.

O técnico explica que, mesmo com prejuízos generalizados, a região de Pelotas desponta com quebra de 63%; seguido pela Serra (Caxias do Sul) e Erechim, com 60%. Dos 1,28 milhão de hectares plantados, 23% foram Colhidos.Nas áreas cultivadas a partir de outubro e que hoje representam os 47% que se encontram nas fases de floração e enchimento de grãos, a falta de umidade impede a formação das espigas. Segundo a Emater, produtores estão cortando as plantas dessas áreas e transformando a massa, ainda verde, em silagem para alimento animal. A expectativa é de que o RS produza 2,49 milhões de toneladas contra os 3,37 milhões de t do período anterior. A Emater promete para o fim do mês os números relativos à soja. De acordo com o Conjuntural "é grande o número de lavouras com ocorrência de abortamento floral e queda das vagens em formação inicial. Devido à seca, o ataque de pragas como a lagarta tem se intensificado".

O superintendente federal do Ministério da Agricultura no RS, Francisco Signor, informou que o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, determinou a realização de um levantamento do quadro do RS. "Com base nisso, o ministro pretende conseguir junto ao governo federal recursos para amenizar a situação ou mesmo a prorrogação de dívidas", frisou Signor.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.