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Sai pesquisa sobre "Estudo de competitividade da piscicultura na região do Alto Vale do Itajaí


Com o intuito de conhecer melhor o Modelo Alto Vale do Itajaí de Piscicultura Integrada,o Instituto de Planejamento e Economia Agrícola de Santa Catarina (Instituto Cepa/SC), financiado pelo MDA/Pronaf, em parceria com a Epagri e Acaq, realizou uma vasta pesquisa sobre o " Estudo de Competitividade dos Piscicultores da Região do Alto Vale do Itajaí no estado de Santa Catarina".

O trabalho, que se pauta num levantamento realizado nas unidades rurais que se dedicam à piscicultura, à criação de alevinos e ao pesque-pague, como empreendimentos comerciais, traz a público as principais questões que traduzem a competitividade da atividade, com a comprovação de sua possível adoção nas propriedades de uma região cuja economia gira em torno da exploração de culturas conhecidas e adotadas há mais tempo pelos produtores rurais,

como a cebola e o arroz.

De acordo com o Coordenador e Economista do Instituto Cepa/SC, José Souza Filho, a pesquisa determinou a existência , no ano de 2001, de um total de 411 empreendimentos com atividade comercial. Destes, 356 praticam a piscicultura de engorda de peixes; 66 são empreendimentos de pesque-pague(16.1%) e quatro se dedicam à produção de alevinos. Ocupam uma área total de 561 hectares; em número e área concentram-se, principalmente, nos municípios de Agrolândia e Trombudo Central, com 19% destinada à produção na região. Os empreendimentos de pesque-pague se concentram em maior número nos municípios de Ibirama (8), Dona Emma (6), Rio do Oeste(5) e Taió(5). Apenas no município de Chapadão do Lageado não há nenhum empreendimento comercial.

Levando-se em conta que os municípios têm diferentes áreas e número de habitantes, podem-se apontar outros dois indicadores: densidade por área e densidade por número de habitantes. " O índice de densidade por área mostra a relação entre a área utilizada para piscicultura sobre o total da área do município- concentração espacial da atividade. Por este critério, o município de Trombudo Central apresentou o maior índice", explicou José Souza Filho.

Já o índice de densidade por habitante mostra a relação entre o número de empreendimentos e a população total do município. Constata-se que nem sempre a localização do empreendimento coincide com a residência do empreendedor ou da mão-de-obra; "por isso dá idéia do grau de empreendedorismo e da ocupação de mão-de-obra em relação à atividade da piscicultura. Neste critério, o município de Dona Emma apresentou o maior índice", acrescentou Filho.

O levantamento mostra ainda que os entrevistados, em sua maioria (79%) ,

eram proprietários ou membros da família que administram o empreendimento (18%). Apenas 3% dos entrevistados eram empregados contratatos.Expressivo percentual de proprietários que responderam às questões formuladas manifesta grande confiança na pesquisa, uma vez que estão vivendo diariamente os problemas de seu negócio e estão inteirados de todos os aspectos produtivos e de mercado.

A pesquisa determinou que 95,1% dos responsáveis pelo empreendimento são

o próprio empreendedor ou alguém da família.Na região, portanto, trata-se de um negócio eminentemente familiar.Predominam os responsáveis com idade entre 40 e 50 (34%) e nas faixas próximas (de 30 a 40 anos e de 50 a 60 anos).Os administradores, têm, majoritariamente, a formação no ensino básico incompleto (60%), mas apresentam um significativo percentual de formados no nível médio e superior. " Essa formação, bastante elevada em relação à média da população e de empreendedores de outros segmentos agropecuários, leva a interpretar este tipo de empreendimento como atividade secundária em relação a outras ocupações do empreendedor", apontou o coordenador da pesquisa, José Souza Filho.

Os responsáveis dedicam, em média, 1:30 hora por dia ao empreendimento. Somente 6,8% dedicam mais de 4 horas por dia. A dedicação aumenta consideravelmente nos empreendimentos de pesque-pague, com presença média de 4:14 horas/dia no negócio.Tendo em vista os seus negócios, 505% dos empreendedores, perguntados sobre a sua intenção de expansão do mercado, responderam que pretendem aumentar seus negócios.Entre os que pretendem diversificar os seus negócios relativamente a clientes, predomina a opção pelos supermercados (50%).

Ainda de acordo com a pesquisa, entre os produtos predomina a atividade de engorda de peixes (356, ou 86,6%), seguido por 66 emprendimentos de pesque-pague (16,1%) e quatro produtores de alevinos. Existem 17 empreendimentos que têm mais de uma atividade.O trabalho mostrou que 97,3% dos empreendimentos constituem pessoas físicas. Somente 2,4% deles têm forma de pessoas jurídicas, o que significa que , na região, existem apenas 10 empresas na forma de condomínio, associação ou firma.

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