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Saiba as diretrizes do novo governo

Uma reflexão e os melhores momentos de A Voz do Mercado


Foto: Divulgação

Durante a 12ª edição de A Voz do Mercado, Suelen e Ivan receberam o pecuarista e agricultor Pedro de Camargo Neto, a advogada especialista em Direito Socioambiental, Samanta Pineda, e Valter Bianchini, ex-secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário.  Diante de um novo governo eleito, é natural o surgimento de dúvidas e inquietações, visto que a partir de 2023 o Brasil tem uma orientação política bem diferente da sua antecessora. O agronegócio é um dos principais setores da economia brasileira e por isso é necessário entender o que é possível esperar dos próximos quatro anos. 

O pecuarista e agricultor Pedro de Camargo Neto, fez uma análise sobre a escolha do atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que foi vice-governador do estado de Mato Grosso e secretário de Meio Ambiente.  “Quando ele foi escolhido entre os nomes que circulavam, eu realmente torci e fiquei satisfeito. Ele é produto rural e tem uma trajetória na Aprosoja.  Acho que ele tem perfil. Mas ainda assim, nestes 30 dias não dá para avaliar, apenas que é do nosso interesse que vá bem”, salientou o pecuarista. 

O presidente Lula ressaltou a importância do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e pediu atenção do banco aos que têm menos recursos para produzir. O Pronaf hoje, no fortalecimento desse tipo de agricultura no Brasil, que sempre foi uma agricultura pouco assistida.

Valter Bianchini, ex-secretário da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, explicou que o Pronaf é um dos principais, se não o principal programa de agricultura familiar, o programa do MDA, da criação de 1995. Ao longo desta trajetória desempenhou um papel importante na estruturação do sistema de produção na concretização de novas tecnologias. Saímos e R$2 bilhões nos primeiros 4 anos do governo Fernando Henrique, depois tivemos crescimento expressivo. Então, houve um crescimento, mas ainda enfrenta dificuldades. Já fizemos mais de 2 milhões de contratos do Pronaf. Hoje está estabilizado. 

“O desafio agora é: como reduzir os custos, estruturar uma boa parte de uma assistência técnica viável, dar concretude, viabilizar esse crédito e trabalhar não só a agricultura mais capitalizada, que já está bem no custeio e investimento, mas ter modalidade de crédito, que chegue até a agricultura de transição ou a agricultura de pobreza. Como o Pronaf pode fazer um forte trabalho de inserção social dessa camada que possa se estruturar e ter renda melhor”, pontuou. 

É preciso ainda pontuar as questões ambientais, a advogada especialista em Direito Socioambiental, Samanta Pineda, diz que quando se fala em desmatamento zero no Brasil, não estamos falando em ignorar o Código Florestal, que foi construído com muita democracia, com muita legitimidade, com muita participação de todos os setores, da economia e da defesa do meio ambiente. “Me preocupa a promessa internacional, que acaba refletindo em ações concretas internacionais, como o Parlamento Europeu, dizer que não compra mais de áreas desmatadas a partir de 2020, tem a lei ou não tem a autorização ou não. A minha esperança é que, a ministra Marina Silva, nunca esteve fora das discussões, então, que ela tem evoluído pouco para falar em economia verde, para falar em bioeconomia, desenvolvimento humano das populações que precisam viver em harmonia nos ecossistemas”, 

O governo sinalizou que quer reforçar esse modelo de produção agrícola sustentável. Bianchini diz que, a agricultura familiar mais tecnificada no Paraná no geral, está associado a uma forte cooperativa. Hoje, 78% dos sócios do  Sistema Ocepar de Cooperativismo vivem em pequenas áreas em torno de 50 hectares. Então, tem uma parte já associadas,  já cooperativada. O programa de compras governamentais aajudou a semear muitas pequenas cooperativas. "Aqui no Paraná, nós temos perto de 200 pequenas cooperativas da agricultura familiar e temos um programa estadual que de investimento para estruturar, fortalecer essas cooperativas, principalmente no mercado de compras governamentais. O esforço agora ter assistência técnica gerencial nessas cooperativas ter programas de investimento e fazer com que elas cresçam junto com o fortalecimento da própria agricultura familiar, não dá para a gente de fora no programa de fortalecimento de viabilização da Agricultura Familiar sem um apoio forte ao cooperativismo. Então, desde 1988, estamos discutindo na lei do cooperativismo, o reconhecimento que teria que fazer de ter duas unidades do cooperativismo, uma ligada cooperativas médias, grandes já estruturada e um outro sistema que pudesse fortalecer essas cooperativas em construção em transição. Ainda hoje, tem se uma discussão nisso um pouco mais sensibilizada para que a gente tenha uma união de pequenas cooperativas e um forte programa governamental de fortalecer essas cooperativas junto delas fortalecer a agricultura familiar", disse. 
 

Assista a edição na íntegra aqui. 

A Voz do Mercado tem apoio da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (ABISOLO).

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