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SC: área plantada de alho está maior

A condição das lavouras é considerada boa até o momento


Foto: Pixabay

Segundo informações de associações de produtores de alho dos principais estados do país e da própria Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), há uma forte tendência de ampliação da participação do alho brasileiro no mercado nacional. As principais contribuições para esse avanço é o aumento da área plantada principalmente nos estados de Minas Gerais e Goiás, ganho de produtividade e estratégia de marketing.

Nesse sentido, a Associação Catarinense dos Produtores de Alho (Acapa) em parceria com diversas instituições públicas como a Epagri, UFSC – Campus de Curitibanos, está buscando alternativas para que o estado se mantenha entre os principais produtores da hortaliça no Brasil com viabilidade econômica aos produtores. Especificamente em Santa Catarina, o alho é produzido em pequenas propriedades, principalmente por agricultores familiares que segundo o IBGE (2017) são mais de 3.600 estabelecimentos que se dedicam à produção comercial da cultura. Portanto, o alho em Santa Catarina é produto da agricultura familiar, em pequenas áreas, uso intensivo de mão de obra familiar e contratação de mão de obra eventual nos períodos de maior pico de demanda como no plantio e na colheita.

Estas características do sistema de produção do alho catarinense apontam para uma atividade de grande importância socioeconômica para o estado devido ao valor da produção e aos milhares de postos de trabalho gerados na cadeia produtiva. Nesse sentido, é fundamental a manutenção e ampliação de políticas públicas em apoio à cadeia produtiva, como pesquisa e desenvolvimento de novos cultivares, sementes livres de vírus, crédito rural, assistência técnica, Proagro e Seguro Rural, políticas públicas que contribuem para manter a atividade competitiva no mercado, visto o aumento da produção em grande escala que vem ocorrendo em estados do centro do país, como Minas Gerais e Goiás.

Preço

No mercado atacadista da Ceagesp, unidade do governo federal localizada no município de São Paulo, maior central de abastecimento do Brasil, o alho roxo nobre nacional, classe 5, foi comercializado na primeira semana de outubro a R$14,37/kg, apresentando redução de 2,77% em relação ao início do mês de setembro, contudo, fechou o mês de outubro cotado a R$15,05/kg, representando aumento de 4,73%% no mês. No mesmo período, o alho classe 6 passou de R$16,18/kg para R$16,53/Kg, representando aumento de 2,16%, e o alho classe 7 fechou outubro no valor de R$17,74/kg, redução de 0,90% no mês.

Na Central paulista, na primeira semana de novembro, os preços no atacado, para todas as classes do alho roxo nacional, tiveram redução de preços em relação ao final do mês de outubro, com variação de 5,51% para o alho classe 5, 4,41% para o alho classe 6 e 4,79% para o alho classe 7. Na Ceasa/SC, unidade de São José, o alho nobre nacional, classes 4/5 apresentaram redução de preços no mês de outubro, iniciando o mês a R$15,50/kg e passando para R$15,00/kg no final do mês, redução de 3,3%. O alho classes 6/7, embora chegando a R$18,00/kg entre os dias 08/10 a 15/10, iniciou e fechou o mês de outubro a R$17,00/kg.

Produção

A safra catarinense de alho 21/22 se apresenta em desenvolvimento vegetativo no estágio de formação dos bulbos em 18% da área plantada. A área em maturação é de aproximadamente 82% da área plantada, sendo que, aproximadamente 15% desta está sendo colhida, correspondendo a aproximadamente 260 ha da área plantada com a hortaliça no estado.

As condições climáticas até o momento foram favoráveis ao bom desenvolvimento da cultura em Santa Catarina, com chuvas bem distribuídas e temperaturas adequadas à cultura de modo geral. Por consequência, as condições gerais das lavouras são consideradas boas em 80% da área plantada e em aproximadamente 20% apresenta condição média em termos fitossanitários e produtivos.

Em relação a área plantada, segundo o acompanhamento sistemático do projeto safras da Epagri/Cepa, em Santa Catarina foram plantados 1.758ha, crescimento de 2,32% em relação à estimativa inicial da safra. A expectativa de produção da hortaliça em Santa Catarina para esta safra é de 17.838 toneladas com um rendimento médio esperado de 10.147 kg/ha.

Comércio exterior

Em outubro de 2021 foram importadas apenas 2,61 mil toneladas de alho, o menor volume mensal para o mês, dos últimos cinco anos, questão que se repete desde julho do corrente ano. Nesse ano foram importadas, de janeiro a outubro 108,48 mil toneladas, enquanto que no mesmo período do ano de 2020 o volume importado foi de 150,84 mil toneladas, portanto redução de 39,04% no período comparado.

Com relação ao preço médio (FOB) do alho importado em outubro, houve pequeno aumento em relação ao mês de setembro, passando de U$$1,16/kg, para US$1,19/kg, ou seja, aumento de 2,58%.

Os fornecedores de alho para o Brasil no mês de outubro/21 foram a China, que participou com 1,37 mil toneladas, representando 52,2% do total importado, a Argentina, com 0,71 mil toneladas, 27,2% do total importado e a Espanha, com 0,54 mil toneladas, 20,53% do total importado, totalizando 2,61 mil toneladas.

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