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Seca assola municípios do Tocantins

A Defesa Civil estadual concluiu a Avaliação de Danos (Avadan) que confirmou que cerca de 2 mil pessoas sofrem com a estiagem prolongada


Dianopólis, a 320 quilômetros de Palmas, no sudeste do Tocantins, decretou situação de emergência nessa segunda-feira (20-08), em razão da seca. O documento iria para aprovação da Câmara de Vereadores da cidade ainda ontem e será encaminhado para homologação do governo estadual. O passo seguinte é o envio para reconhecimento na área federal. A Defesa Civil estadual concluiu a Avaliação de Danos (Avadan) que confirmou que cerca de 2 mil pessoas sofrem com a estiagem prolongada.

São agricultores, alunos de escolas rurais e moradores que estão vendo os mananciais secarem. Em alguns lugares, não há água para a população e nem para o gado. Entre as áreas afetadas no município estão os projetos de assentamento Santo Antônio, Tucunzinho, Bela Vista (1 e 2), Pontinha e Gleba Olho D´água; as regiões de Redenção, Caranguejo, Varjão, Terra Vermelha, Sítio Novo, Marinheiro, Lajeado, Nova Prata, Boa Nova, Altamira, Descoberto, Sucupira e Sítio Vigínia, além de oito fazendas. Estima-se que os prejuízos econômicos afetem 7% do Produto Interno Bruto (PIB) local, que é de R$ 54,8 milhões, comprometendo a agricultura e a pecuária da região.

Dianopólis é a terceira cidade tocantinense a decretar situação de emergência. O município tem 17.270 habitantes. A comunidade rural já está sendo assistida com a distribuição de água potável, por meio de caminhões-pipa enviados pelo governo. Arraias e Paranã, respectivamente a 408 e 308 quilômetros de Palmas, também já estão em situação de emergência.

Doenças

A avaliação de danos em Dianopólis mostrou que houve aumento no número de atendimentos médicos relacionados a doenças como diarréia, pneumonia e desidratação. Na área da educação, das 24 escolas municipais, 8 sofrem com a seca, atingindo 344 alunos, mas Udson Silva ressalta que, até o momento, ninguém ficou sem aula e, se a situação se agravar, as aulas podem ser suspensas.

Os prejuízos são grandes. Houve perda de 126 toneladas de grãos e cereais e morreram cerca de 840 cabeças de gado, além dos danos à fauna e à flora. “As ações do governo foram rápidas e importantes para que possamos tentar minimizar esses impactos e assistir a população, que está sofrendo com a falta de água”, comenta o secretário de Obras e Transportes de Dianopólis, Udson Silva.

Já a avaliação feita em Conceição do Tocantins, a 294 quilômetros de Palmas, deve ser concluída hoje. Informações premilimares apontam que aproximadamente 1.280 pessoas são afetadas pela escassez de água. Cerca de 330 cabeças de gado já morreram de sede e 800 toneladas de arroz, 588 de milho e 80 de mandioca teriam sido perdidas, causando prejuízos também na agricultura.

A Defesa Civil Estadual deve enviar ainda hoje equipes para os municípios de Ponte Alta do Bom Jesus, Taguatinga e Silvanópolis, respectivamente a 405, 447 e 115 quilômetros de Palmas, para atender à solicitação das prefeituras e ajudar na avaliação dos prejuízos causados pela seca.

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