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Secretário de Defesa Agropecuária fala de medidas para aumentar exportação de carne

Para o secretário, é preciso melhorar o status sanitário brasileiro quanto a doenças como febre aftosa, encefalopatia, peste suína clássica e doença de Newscastle


O secretário nacional de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Inácio Kroetz, fez um balanço sobre as condições sanitárias de aves, suínos e bovinos, que somam 19% das exportações brasileiras. Falando a técnicos da Secretaria da Agricultura e estudantes da Universidade Federal do Paraná, Kroetz tratou das particularidades das exportações de produtos de origem animal, dos passos que o Brasil precisa dar para aumentar sua participação em grandes mercados consumidores e do que ainda precisa ser feito para que todos os estados brasileiros voltem à condição de áreas livres de aftosa, com vacinação.

“União Européia, Japão, Estados Unidos e Coréia do Sul são mercados exigentes, remuneram melhor o produtor, mas exigem sanidade, qualidade e competitividade. Isso só é possível com um intenso trabalho de defesa sanitária”, explicou Kroetz em palestra proferida no auditório da Secretaria da Agricultura, parte da Semana Acadêmica do curso de Medicina Veterinária da UFPR, nesta sexta-feira (17).

Para o secretário, é preciso melhorar o status sanitário brasileiro quanto a doenças como febre aftosa, encefalopatia, peste suína clássica e doença de Newscastle. Hoje, o Brasil luta para ter reconhecimento internacional de áreas contínuas livres de febre aftosa. “Temos regiões com áreas livres sem vacinação, áreas livres com vacinação, áreas com médio risco, com alto risco, e áreas de risco desconhecido. Isso dificulta o reconhecimento internacional. Estamos reforçando a vigilância, a investigação e a produção de provas ativas para, até o final de 2010, podermos comprovar que não há febre aftosa em parte alguma do País”, adiantou.

Para que isso seja possível, é preciso reestruturar defesa sanitária, com mas infra-estrutura, pessoal e tecnologia, melhores sistemas de informação e mais envolvimento do produtor rural. Kroetz contou que o programa de rastreabilidade e as auditorias do Ministério da Agricultura já estão habilitando propriedades cadastradas no Sisbov para exportar carne in natura para países europeus. Até o momento, 447 propriedades estão habilitadas – no Paraná, são 14, sete em Paranavaí e as demais em Cambará, Campina da Lagoa, Iacaraíma, Leópolis, Ortigueira, Faxinal e Xambrê.

“A abertura de mercados se deve ao empenho do produtor em vacinar seu rebanho e do Governo do Paraná e de entidades privadas em intensificar o trabalho de vigilância sanitária animal, especialmente nas regiões de fronteira onde o risco de contrair a doença é maior”, comentou o diretor do Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura (Defis), Silmar Burer.

O Paraná tem um rebanho bovino de 9,5 milhões de cabeças. A pecuária de corte representa 70% desse total – 7,5 milhões de animais. Em 2007, foram abatidos 1,8 milhão de reses, e as exportações somaram 10,4 mil toneladas de carne bovina. De janeiro a setembro de 2008, o volume de carne exportada já superou o do ano passado – são 11,2 mil toneladas.

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