Segredos do café: nutrição e sustentabilidade na produção

O Dia Mundial do Café é celebrado em 14 de abril. A bebida é a segunda mais consumida no planeta, perdendo apenas para a água, e o Brasil tem o posto de maior produtor e exportador do grão, sendo responsável por cerca de 30% da produção mundial. Porém, para se manter nesta liderança, os produtores dedicam grandes esforços desde o preparo do solo até a colheita. Um dos principais fatores para a qualidade e produtividade do café é seguir uma nutrição adequada, e claro, também é importante produzir com responsabilidade ambiental. 

Leonardo Soares, Gerente Agronômico da Yara Brasil, empresa líder mundial em nutrição de plantas, compartilha algumas dicas para o sucesso do cafezal, entre elas, ter solos bem drenados e aerados, ricos em nutrientes e matéria orgânica. A textura e estrutura do solo deve permitir uma grande zona radicular para o desenvolvimento da planta e para acesso à água durante a estação seca. A calagem é necessária em baixos níveis de pH para assegurar boa disponibilidade de nutrientes. E uma poda bem feita também é fundamental para a cultura permanecer produtiva por 20 anos ou mais.

Além disso, Leonardo reforça que o nitrogênio é essencial para o crescimento vegetativo vigoroso e para manter a frutificação ideal visando altos níveis de produção. O potássio promove vigor, fortalecimento celular e aumenta a tolerância do café a doenças, ao estresse hídrico e ao frio. Já o fósforo é importante para o enraizamento da planta e o enchimento dos grãos. Outros nutrientes essenciais são o zinco e o boro, especialmente na fase de florescimento; o cálcio, na etapa de enchimento dos frutos; e o magnésio e o enxofre para aumentar a capacidade produtiva. O conjunto deles tem efeito direto na qualidade da bebida, alterando aspectos como índice de cor e teor de açúcares. Outro fator muito importante é o equilíbrio entre os nutrientes, desta forma o uso da análise de solo é importantíssimo para uma correta diagnose e planejamento da adubação, garantindo esse equilíbrio.

A Yara também investe para que a cultura do café seja mais sustentável. Uma das prioridades globais da companhia é reduzir a cada dia suas emissões de carbono, de forma a alcançar neutralidade nas emissões em 2050 e em cultivar um futuro alimentar positivo para a natureza. Na cultura do café, a empresa conta com algumas iniciativas neste sentido. A primeira, que já é uma realidade, é a produção de café com 25% menos emissões que o convencional utilizando o sistema nutricional da Yara. Outra ação é o acordo firmado com a Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, para a introdução de fertilizantes verdes na agricultura brasileira, que deve reduzir em 70% as emissões de dióxido de carbono equivalente na cadeia produtiva da Cooxupé.

Participação na Fenicafé 2024

Em linha com a importância da cultura para a empresa, a Yara marca presença na Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura, de 16 a 18 de abril, em Araguari (MG). Em sua 27ª edição, o evento é uma grande fonte de informação, serviços e tecnologia aos cafeicultores. A companhia participa levando recomendações agronômicas e soluções nutricionais de alto valor agregado, que vão ao encontro das principais necessidades dos cafeicultores 

O Programa Nutricional NossoCafé fornece uma nutrição superior e equilibrada em cada fase de crescimento da planta, adaptada às diversas condições de cultivo existentes no Brasil, melhorando o desenvolvimento do sistema radicular, o enraizamento e a tolerância ao estresse hídrico. Para as lavouras irrigadas, a Yara auxilia o produtor com o YaraRega, que possui alta solubilidade e conta com 7 nutrientes no mesmo grânulo, e o YaraTera CALCINIT, com nitrogênio e cálcio, que ajuda na formação de frutos mais fortes e saudáveis. Desse modo, a planta é capaz de absorver mais nutrientes, realizar seus processos metabólicos com eficiência e ainda se tornar mais tolerante ao estresse ambiental.

A Yara ainda promove anualmente o Concurso NossoCafé, que premia os melhores cafés especiais produzidos no País. A competição, que está em sua 8ª edição, já se tornou tradicional entre os produtores de café e tem o objetivo de estimular a produção nacional de cafés de alta qualidade, reforçando a importância da nutrição equilibrada em todo o ciclo produtivo da cultura. As amostras dos participantes são classificadas de acordo com protocolos e avaliação da BSCA-Brazilian Specialty Coffee Association, que considera uma série de atributos, como aroma, sabor, acidez, doçura, corpo e equilíbrio.