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Seis incêndios florestais todos os dias

Desde que começou o período proibitivo às queimadas, foram registrados 57 ocorrências no Estado


Mato Grosso está registrando uma média de seis ocorrências de incêndios florestais por dia. O número faz parte do balanço dos primeiros nove dias do período proibitivo às queimadas, entre os dias 15 e 23 de julho. Levantamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), aponta que neste período foram 57 ocorrências. Colniza é a cidade que mais concentra registros, 26% do total. Já os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que nesses primeiros nove dias do período proibitivo houve 628 focos de calor.

De acordo com o levantamento, 57 ocorrências de incêndios florestais foram identificadas, das quais 31 foram atendidas e 26 reprimidas. Os dados mostram que entre os municípios com maior incidência de queimadas nesse período, estão: Colniza (15), Comodoro (10), Poconé (05), Nova Mutum (05), Chapada dos Guimarães/Cuiabá (04), Marcelândia (04), Água Boa (03), Lucas do Rio Verde (02), Cláudia (02), Santo Antônio de Leverger (02), Nobres (02), Diamantino (01), e Ipiranga do Norte (01).

O trabalho de prevenção e combate está sendo realizado pelo Governo do Estado, em parceria com as prefeituras de 11 municípios. Cerca de 260 Bombeiros Militares (BM) e 50 civis que compõem as brigadas mistas municipais estão fazendo a mobilização em Mato Grosso. O período proibitivo teve início no dia 15 de julho e segue até 30 de setembro, podendo ser prorrogado. Neste período serão investidos R$ 3 milhões no combate ao fogo.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que nesses primeiros nove dias do período proibitivo houve 628 focos de calor. O número é 35% menor que o mesmo período do ano passado, que registrou 974 focos de calor. Gaúcha do Norte está no topo do ranking, com 53 registros (ou 8,4% do total), seguido por outras 19 cidades.

Para o período de proibição, além das 11 brigadas municipais mistas, o Estado conta com o apoio das 18 unidades do Corpo de Bombeiros nos municípios mais populosos, com um efetivo de 1,4 mil bombeiros. Também há oito bases descentralizadas do BEA, que são móveis e se deslocarão para as áreas críticas e que atende prioritariamente às unidades estaduais de conservação. Outro avanço é ter duas equipes de peritos para identificar e responsabilizar aqueles que desrespeitarem a lei e fazerem uso do fogo neste período.

PERÍODO PROIBITIVO – Neste período utilizar fogo para limpeza e manejo nas áreas rurais é crime passível de seis meses a quatro anos de prisão, com autuações que podem variar entre R$ 7,5 mil a R$ 1 mil (pastagem e agricultura) por hectare. Nas áreas urbanas, o uso do fogo para limpeza do quintal é crime o ano inteiro. As denúncias podem ser feitas na ouvidoria do BEA: 0800 647 7363, no 193 do Corpo de Bombeiros ou diretamente nas Secretarias Municipais de Meio Ambiente.

De 1º de janeiro a 23 de julho deste ano, Mato Grosso registrou 7.158 focos de calor, montante 19% inferior ao contabilizado no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 8.847 focos de calor. Na Amazônia Legal, a queda chega a 21%, com um decréscimo de 25.827 para 20.379 focos de calor no mesmo período. Apesar da redução, o Estado ainda ocupa primeiro lugar no ranking dos nove estados amazônicos, seguido por Tocantins (3.928), Pará (3.467) e Maranhão (2.940). 

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