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Selo de identificação da carne bovina será obrigatório para exportação



A partir de janeiro de 2004, todo o gado que o Brasil exportar deverá conter um selo de identificação da origem do animal, vinculado ao Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Esse é um dos temas que foi discutido na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Carne Bovina, com a presença do ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Amauri Dimarzio. Pelo Sisbov, é possível obter informações como a origem, o estado sanitário, a produção e a produtividade da pecuária brasileira, o chamado rastreamento, feito por empresas operadoras do sistema de certificação credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Os técnicos visitam as propriedades e colocam no rebanho um "brinco" com um número de série, com o qual é possível acessar as informações. Também foi avaliado na reunião um possível aumento do prazo de certificação do gado antes do abate. Atualmente, o Sisbov exige que um animal esteja incluído em seu banco de dados por um período mínimo de 40 dias antes do abate, mas, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), esse prazo deve aumentar para 90 dias. De acordo com a entidade, a meta é chegar até o final do ano com 80% do rebanho brasileiro rastreado, cerca de 140 milhões de animais. “Essa câmara setorial está trabalhando toda a cadeia produtiva inclusive a questão da rastreabilidade. Estamos num processo evolutivo muito bom, nós só vamos agora aperfeiçoar aquilo que já traçamos, e evoluir para chegar numa rastreabilidade total”, afirmou o ministro interino, Amauri Dimarzio. O Brasil é líder em exportação de carne bovina. Nos nove primeiros meses do ano, o país vendeu 930 mil toneladas para o exterior, 60 mil a mais que o principal concorrente, a Austrália. Segundo projeções da CNA, até o final de 2003 as exportações poderão chegar a 1,4 milhão de toneladas, o que renderá ao país cerca de US$ 1,5 bilhão. O principal mercado brasileiro é a União Européia (UE), que compra 40% da carne bovina brasileira. Atualmente, a UE não obriga diretamente o Brasil a fazer a rastreabilidade do rebanho de bovinos, mas observa que os países fornecedores devem atender às mesmas exigências feitas aos países que membros da Comunidade. A partir de 2005, a comunidade européia não importará mais carnes de países que não tenham um sistema de rastreamento completo de seu rebanho. A necessidade de identificar individualmente os animais foi prevista inicialmente para organizar o trânsito de bovinos vivos entre os países membros. Após a ocorrência de doenças como a “vaca louca” e a febre aftosa, que comprometeram a confiança do consumidor na segurança dos alimentos de origem animal, a UE tornou obrigatória a identificação e o rastreamento da produção animal nos países membros.

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