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Sem vendas permitidas produtores descartam flores

Flores foram trituradas para serem jogadas no lixo ou virar adubo


Foto: Divulgação

O Dia da Mulher representa 8% do faturamento anual do setor de flores mas a esperança de recuperação dos prejuízos de 2020 foi literalmente para o lixo. No ano passado o segmento de flores de corte amargou queda de 40% e neste o agravamento da pandemia trouxe decretos que proíbem a venda de flores em alguns municípios.

Com isso floriculturas permanecem fechadas em Estados como Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais e de algumas cidades do interior paulista e os supermercados estão proibidos de vender plantas e flores. Como não são considerados essenciais precisam ser isolados por fitas e plásticos para os consumidores não terem acesso. 

A situação impacta em cenas desoladoras. Centenas de vasos e flores foram para o lixo ou trituradas para servir de adubo nos canteiros. A consequência do impasse entre a determinação do Ministério da Agricultura de autorizar a venda e a proibição dos prefeitos foi o cancelamento de incontáveis pedidos de compra.

Na Cooperativa Veiling Holambra, uma das maiores do país, os reflexos devem causar um descarte de cerca de 35% de todas as flores e plantas ofertadas durante esta semana no sistema de leilão. "Isso significa, aproximadamente, 400 mil unidades de flores e plantas, sem computar o que o produtor já está descartando nas suas estufas e o que os clientes - floriculturas, gardens centers e supermercados - já estão jogando fora no próprio ponto de venda por terem sido impedidos de vender os produtos", diz Jorge Possato, CEO da Cooperativa.

De acordo com ele, a maior preocupação é que as flores para a Páscoa e Dia das Mães já estão plantadas, no mínimo, desde dezembro. “O mercado já está crítico para o setor de flores e plantas. Nosso setor já sofreu duros golpes com o cancelamento dos eventos, principalmente casamentos e formaturas , que representam 30% do faturamento do setor da floricultura nacional. Precisamos dessas vendas para manter os empregos no campo, além dos gerados nos pontos de venda”, diz. 

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