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Sensoriamento remoto para decisões inteligentes

Entrevista exclusiva com Rob Neil, Chairman da Gamaya


Foto: Divulgação

A Gamaya é uma startup cuja proposta é usar tecnologia avançada de análise de imagens aéreas (drone e satélite), combinada com machine learning e inteligência artificial para permitir que os agricultores realmente conheçam sua lavoura. Essas tecnologias vão desempenhar um papel fundamental no futuro da agricultura de precisão e da sustentabilidade no campo, pois ajudam a reduzir sensivelmente o uso de agroquímicos.

Nessa entrevista (publicada originalmente no portal chinês AgroPages), o Chairman da Gamaya, Rob Neil, fala sobre os principais desafios de levar tecnologia ao campo. Ele analisa o estágio do Brasil na adoção das soluções existentes, bem como as parcerias e convergências que estão surgindo com outras startups e as grandes empresas de insumos. 

Apesar de toda a tecnologia disponível, para realmente saber o que acontece nos campos. Então, na sua opinião, quais são os principais desafios?

Temos muitos desafios, então eu começo dividindo-os em fases. Eu acho que a indústria e a Gamaya ainda estão na fase um, que consiste em aperfeiçoar a tecnologia e tentar fazê-la realmente funcionar. O que fizemos foi o trabalho de invenção e design. Aqui ainda há um monte de coisas que têm que ser resolvidas. Estamos muito à frente de onde estávamos há dois anos, cinco anos atrás, mas ainda temos trabalho a fazer para colocar tudo isso, de ponta a ponta, em forma de produtos com características funcionais,   simples para os agricultores, trazendo valor para os agricultores,  e também acessíveis. Quando digo de ponta a ponta, o que quero dizer, no caso da Gamaya, que podemos atuar desde a invenção, o projeto, o desenvolvimento, o lançamento e o suporte dos produtos. Podemos fazer tudo isso do começo ao fim. Este é um grande trabalho a fazer. Todas essas funções diferentes, conectá-las todas juntas. Há ciência de dados, ciência agronômica. Tudo precisa estar integrado e funcionar bem.
Estamos agora nesta fase, provavelmente chegando ao fim dela. Lançamos nossos primeiros produtos no mercado no início deste ano, no Brasil. Passamos por um grande marco, com produtos que funcionam e que os agricultores estão usando. É a primeira geração. É mais fácil e rápido trazer melhorias quando chegamos a esse estágio.
A próxima fase, eu diria, é como automatizar e realmente fazer o uso de todas essas informações baseadas em dados. Será uma etapa inteiramente nova para Gamaya e a indústria. Para dar um exemplo, temos alguns produtos muito bons para a cultura de cana. Podemos dizer a um produtor de cana-de-açúcar, com uma precisão muito boa, onde estão as falhas de plantio ou onde eles têm infestação de plantas daninhas. Muito em breve teremos um produto que identifica as linhas de plantio, para que eles possam colher com precisão usando GPS. Nós fornecemos essa informação para um produtor, mas ele ainda tem que decidir:  "Devo replantar esse talhão ou devo entrar e remover essas daninhas? O que é que eu faço? " Temos bastante trabalho a fazer, porque transferimos algumas informações interessantes para o fazendeiro, mas ainda assim o deixamos com o fardo de descobrir qual é a abordagem certa. A automação, para mim, é um grande passo importante porque podemos pegar esses dados e, a partir deles, informar onde é economicamente viável replantar, que máquinas devem ser dedicadas a um determinado trabalho. Na automação, as parcerias se tornam muito importantes.

Essa é a minha próxima pergunta. Se você não está integrado com outras tecnologias, você não conseguirá passar para a próxima  fase?

Você não pode chegar lá, não. Passamos os primeiros anos trabalhando na fase um, aperfeiçoando nossa tecnologia. À medida em que entramos na segunda fase, temos que buscar outras tecnologias e formar muitas parcerias, porque não podemos fazer tudo sozinhos. Somos uma empresa pequena. Podemos fornecer nossa peça, que é uma peça de alta qualidade, mas depois temos que nos unir com outras peças. Há  empresas operando em no segmento de cana a cujo porfolio nós podemos agregar valor, e vice-versa. Então, acho que essa é a próxima grande fase para nós e a indústria.

E qual é a terceira fase?

A terceira fase pode ser um ano ou dois depois disso. Há muitas  empresas digitais operando, não apenas em sensoriamento remoto, mas em muitos campos. Muito dessa tecnologia é compatível ou complementar. Fazemos coisas diferentes, mas podemos ajudam os produtores juntos. Então temos que começar a nos juntar em plataformas comuns. Você sabe, eu trabalho com a Gamaya, que é uma empresa de sensoriamento remoto, mas também atuo em uma empresa voltada para soluções de predição de doenças. Não fazem detecção, como a Gamaya. Eles estão trabalhando nessa fase um também, tentando ter certeza de que sua tecnologia é realmente boa e funciona bem. Você olha as duas e vê que existe uma complementaridade natural. A detecção combinada com a previsão gera uma ótima informação e torna-a uma oferta mais robusta para o agricultor, uma melhor maneira de usar as informações. Então, nessa terceira fase vejo muita consolidação e muita integração, unindo quem já está em alguma plataforma e criando plataformas maiores. Acredito que, em  12 a 36 meses, muitas empresas começarão a se unir. Já estou vendo isso acontecer agora, mas ainda não em grande estilo.

Você conhece muito bem a agricultura brasileira. Qual é a nossa posição em termos adoção de tecnologias digitais? Como você vê o produtor aqui no Brasil?

Eu acho que os produtores brasileiros, em geral, são mais rápidos na adoção tecnologia do que os de muitos outros lugares. E provavelmente isso é em função de serem, geralmente, grandes produtores. Eles estão gerenciando negócios consideráveis e têm uma mente mais empresarial. Realmente entendem o valor da tecnologia e como ela pode contribuir para a eficiência e eficácia em sua operação. Essa é uma grande vantagem que o Brasil tem.  Por outro lado, problemas com conectividade ainda estão lá. Ouvi (durante o World Agritech South America Summit) uma senhora mencionando que em sua fazenda eles nem sequer têm 3G. Por isso, é muito difícil usar dispositivos em tempo real no campo.  Trata-se de uma barreira para uma adoção mais rápida de parte dessa tecnologia. Mas acredito que o que surgirá no Brasil é comparável a muitos outros países.

Costumamos dizer que, para uma agtech, que se você não está no Brasil, você não está no mercado. Isso, pelo tamanho do País no mercado global. Você concorda?

Acho que essa é realmente a parte das razões pelas quais vemos  muitas empresas agtech no Brasil. Mas também já conheço diversas empresas que não estão no Brasil e que estão indo muito bem. A China, ou no Oriente em geral, é um centro importante para as agtechs. Há muita atividade na China. Há muita atividade na Índia, que é local. Quero dizer, essas são regiões importantes.  Lá eles estão desenvolvendo mais coisas para pequenos produtores. A China provavelmente está mais à frente em tecnologia de drones do que qualquer outro lugar, por causa de seus pequenos agricultores. Rússia e Ucrânia são outras áreas  onde há muita atividade local. As empresas estão desenvolvendo coisas para a agricultura nessas partes do mundo. Os governos são muito favoráveis, particularmente na Rússia, e estão ajudando a conduzir um pouco disso também. Eles  estão dispostos a investir em seus quintais. O Brasil é particularmente crítico para muitas empresas, mas estou aprendendo que há outras partes relevantes no mundo também.

Existem alguns investimentos de grandes empresas de insumos em startups de tecnologia ou na criação de suas próprias soluções digitais. Você acha que isso é uma tendência? Essas empresas também desempenharão o papel dominante na agricultura digital ou algumas pequenas empresas podem desafiar as “Big Ags” nesse campo?

As Big Ags estão marcando o seu território, isso é certo. Se eles se tornarão os principais provedores na agricultura digital é outra questão. Eles atuam em muitas frentes e têm muitos recursos. Têm grande participação de mercado, o que lhes permitem negociar melhor. A Syngenta, meu antigo empregador, está em todos os países do mundo. E geralmente é a empresa número um ou dois em cada mercado, conhece cada canal e conhece a maioria dos agricultores. É um negócio estabelecido. Então, podem trazer coisas para o mercado muito facilmente. Por outro lado, eles não são totalmente imparciais, pois usam os canais  para apoiar as vendas de seus produtos. Para muitos agricultores, isso é um problema. É complicado, porque a Bayer está trazendo uma plataforma comprovada, assim como a Syngenta, assim como outros. Será fácil usá-los? Acho que há uma boa oportunidade para outras empresas serem os integradores ou os provedores de uma plataforma imparcial que poderia surgir. Acredito que há empresas de private equity e outros investidores que estão apostando nisso, assim como essas empresas, Syngenta, Bayer, BASF, Corteva... Sua competência são produtos químicos e sementes. Noventa e nove por cento das pessoas que trabalham nessas empresas entendem muito disso, mas essa coisa digital não é o seu segundo DNA. Então eles precisam buscar pequenas empresas para criar parcerias. E as parcerias desempenham um grande papel para nós nessa segunda fase, a de automação. Para ser honesto, estamos trabalhando com todas essas empresas em projetos que, esperamos, podem se tornam produtos. Eles olham para nós como fornecedores de uma experiência que eles não querem necessariamente desenvolver. E nós olhamos para eles para fornecer alcance ao mercado.

O sensoriamento remoto, particularmente, tem um papel importante quando falamos em tornar a agricultura mais sustentável e reduzir o uso de insumos. Como você acha que isso vai impulsionar esta indústria para os próximos anos?

É preciso lembrar que há muitos usos diferentes para sensoriamento remoto, não é apenas na gestão de insumos. Certamente vai ajudar os agricultores a tomarem decisões inteligentes no uso de insumos – e isso utilizá-los de modo mais seletivo, com mais cuidado, não usá-los  onde eles não são necessários, mas apenas quando realmente necessários. Permitir esse uso mais precisos dos insumos é, sem dúvida, uma grande vantagem que o sensoriamento  remoto pode trazer. Há uma forte proposta de valor para empresas de sensoriamento remoto nesse sentido.  Mas o sensoriamento remoto pode fazer muito mais.. Um dos maiores interesses que temos agora é a predição de colheita. Temos uma parceria com uma empresa produtora de cana-de-açúcar que está realmente interessada em saber quais campos estarão prontos para serem colhidos. Para que eles possam otimizar a colheita e, assim, o processamento da cana.  O setor sucroenergético é um grande negócio, mas ainda não é um negócio inteligente. Então, cada vez que você pode fazer algo um pouco mais eficiente, isso é realmente importante. É muito interessante. Esse é o valor de outro uso completamente diferente do sensoriamento remoto. Na proteção de culturas a gama de ofertas também será forte. Quando falo em proteção de culturas, penso em defensivos e fertilizantes.

Qual o futuro do sensoriamento remoto, combinado com tecnologias como imagens hiperespectrais, machine learning e inteligência artificial? O que mais veremos nessa área?

Na Gamaya, a ênfase particular tem sido no hiperespectral. Isso está relacionado com os interesses e a experiência que os fundadores tinham quando iniciaram a empresa, há cinco anos.  Desenvolvemos nossas capacidades no hiperespectral desde então. Avançamos muito no uso dessa tecnologia nos drones. Inventamos a câmera hiperespectral portátil, sensores hiperespectrais, desenvolvemos a calibração e a capacidade de processamento de informações obtidas com drone. Mas os drones são uma ótima ferramenta para pequenas fazendas, são ótimas ferramentas para fazer pesquisa, mas eles não são altamente escaláveis por si próprios. Então, estamos nos preparando para a uma fase mais interessante do hiperespetral, que é a versão mais escalável. Ela vem com drones de alta altitude e com satélites. Hoje há pelo menos um satélite hiperespectral operando, mas com imagens de resoluções tão grandes que não é útil para nós. Esperamos, possivelmente até 2023 ou 2024,  que tenhamos um ou dois satélites aos quais possamos nos conectar. Combinando nosso drone às capacidades para criar produtos e fazer pesquisa nas áreas adequadas e usando os satélites para  correlacionar, vamos ser capazes de levar a tecnologia hiperespectral para uma escala que vai gerar valor para culturas  maiores como soja, milho e cana-de-açúcar. Isso será um grande salto no desenvolvimento em toda a gama de tecnologias de sensoriamento remoto. Nesse campo, o hiperespectral é uma espécie de Santo Graal. Essa tecnologia é a que pode te ensinar mais sobre o que está acontecendo na fazenda. 
Um exemplo de uso que achamos realmente relevante para o hiperespectral, principalmente no  Brasil, é para o greening dos citros. É uma doença terrível que devasta os pomares. Quando você detecta o greening é tarde demais. Ainda não desenvolvemos um produto, mas acreditamos que a tecnologia hiperespectral  nos permitirá ver a presença da doença bem antes de  qualquer  outra forma de detecção e, assim, permitir a adoção de uma forma muito mais cirúrgica de lidar com ela. Esse é o tipo de coisa que só o hiperespectral pode fazer. Outra área em que acreditamos muito é a detecção  de nematoides no solo e nas plantas.  Mas tudo ainda é para o futuro. Esperamos trazer nosso primeiro produto hiperespectral ao mercado em 2021, 2022.

Como tecnologias como machine lerarning e inteligência artificial estão melhorando o  sensoriamento remoto?

Eu não sou um cara técnico, ok?

É melhor assim, porque você tem uma visão agronômica...

O sensoriamento remoto produz muitos dados. Não é possível processar essa quantidade de dados sem a ajuda de sistemas de machine learning e inteligência artificial. A tecnologia hiperespectral produz uma centena de vezes a quantidade de dados capturados por outros tipos de sensoriamento remoto. Então, são facilitadores absoutamente críticos. Felizmente eles existe e são parte de todo o processo, de ponta a ponta. Estamos construindo nossas capacidades de IA ao mesmo tempo em que estamos construindo nossas câmeras hiperespectrais e recursos de hardware. Assim, ela não será uma barreira, mas uma parte importante do processo de adoção das tecnologia hiperespectral.

Vamos falar sobre cana-de-açúcar. O primeiro produto da Gamaya  no Brasil é destinado a essa cultura. Como você vê esse setor no Brasil? O que a Gamaya pode trazer para a indústria canavieira?

A Gamaya pode trazer muito mais eficiência. As operações de cana-de-açúcar são muito grandes. Englobam centenas de milhares de hectares e, para sobreviver, a indústria precisa ser absolutamente o mais eficiente possível. Isso significa usar a menor quantidade possível de recursos para produzir. Nossos primeiros produtos são mais orientados para eficiência, ajudando usinas e produtores a decidirem onde devem replantar, onde devem lidar com infestações de daninhas, onde devem colher primeiro. São exemplos de melhoria de eficiência operacional que, na cana-de-açúcar, têm grande valor. Um produtor fez uma estimativa dizendo que teve retorno de 600 dólares por hectare de falhas de plantio ao longo do ciclo da cultura. O custo do nosso produto é muito baixo. Está muito baixo.

Vocês poderiam subir um pouco...
Precisamos encontrar maneiras de obter valor com isso. Eu acho que é realmente interessante. Atuei muito tempo no negócio de proteção de culturas e nossa regra geral no segmento era ter certeza de que o agricultor obtinha um retorno de pelo menos três a cinco vezes o custo do seu produto químico no primeiro ano. Caso contrário, você não tinha uma proposta de valor muito forte. Acabei de te falar sobre cana-de-açúcar. Temos 100 vezes de retorno do investimento. É uma oportunidade fantástica para fazer dinheiro e criar valor para os produtores. Estamos tentando ter certeza de que é eficiente, que funciona e de que eles podem fazer tudo sem uma tremenda intervenção manual. É onde estamos agora. 

E logo vocês vão entrar em soja aqui no Brasil.

Até o ano que vem.

E para a soja, qual a sua visão? Eu entendo que a eficiência seria também a resposta óbvia...

Nosso maior interesse na soja é com nematoides.   Estamos fazendo parceria com uma empresa que traz soluções para os nematoides, ajudando a empresa e o agricultor a encontrar onde estão esses nematoides. Um dos desafios para combater nematoides é que você não consegue vê-los. São microscópicos, estão escondidos no solo. Então você realmente não sabe se uma pulverização é necessária. Acaba fazendo por especulação ou por crença de que ele está lá, torcendo para não perder dinheiro. O que seremos capazes de fazer é ter uma imagem muito precisa, mostrando que existem nematoides em determinadas áreas da lavoura. Assim, o tratamento será justificável, ou nesses lugares apenas, se você tiver uma aplicação de precisão, ou em todo o campo,  se for uma infestação grande o suficiente. Isso vai ajudar o parceiro a vender mais, ajudar os agricultores a perceberem o benefício de obter a solução e também a ter a tranquilidade de que não estão pulverizando onde não precisam pulverizar, por exemplo. Assim, terão uma maior probabilidade de obter um retorno sobre o seu investimento.

Em que estágio está o desenvolvimento do produto? Já foi testado?

Temos vários estágios em nossos projects. No primeiro estágio, fazemos uma exploração, tentando determinar se é viável. A segunda etapa é uma espécie de prova de conceito. Fazemos alguns testes, pegamos alguns dados, descobrimos se realmente funciona. Estamos terminando esta etapa. A próxima etapa é a mais interessante. É o produto mínimo viável, ou MVP. Esperamos ter um MVP em campo no próximo ano. Isso seria ótimo para a Gamaya, um grande avanço para o nosso negócio e, claro, para os agricultores e para o nosso parceiro. Mas às vezes essas coisas podem levar um ano extra. É agricultura. Trabalhamos conforme a safra. Se os dados não forem convincentes ou hover problema na coleta de dados – o que não é raro na  agricultura – podemos ter de esperar mais um ano antes que possamos realmente provar a viabilidade. 

Em termos de tamanho,a soja é um mercado imenso...

Sim, um mercado massivo, não só no Brasil, mas também nos Estados Unidos. Então, esse pode ser o nosso produto número um muito rapidamente. Cana é onde está nosso primeiro portfólio,  com  vários produtos, mas a soja será a nossa maior frente.

Com base em sua experiência internacional, como você vê a produção agrícola  da China? O  país pretende  incrementar sua produção de produtos básicos, como soja ou milho? Ou eles vão  continuar comprando de outros países como o Brasil?

Não sou especialista em China, embora conheça muito bem o país desde o meu tempo na Syngenta. A China é realmente é uma oportunidade para sensoriamento remoto. Os chineses são muito determinados e querem melhorar sua agricultura. Eles tomaram uma abordagem muito estratégica para as culturas e as tecnologias que eles querem acelerar muito rápido. A soja é uma que eles acreditam ser melhor comprar, porque o Brasil é muito eficiente. O governo chinês olha para essas coisas como moeda de troca. Se quiser ser muito grande em soja, desistiria de quê? Precisaria sacrificar milho ou arroz ou outra coisa para produzir grandes volumes de soja? Eu acho que eles tomaram sua decisão.

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